Até a manhã de sexta-feira (26) 78% dos leitos de UTI's estavam ocupados (Foto: Divulgação)

Adair defende elaboração de lei para obrigar hospitais particulares a atenderem o mínimo de pacientes pelo SUS

O presidente da Câmara de Divinópolis, Adair Otaviano (MDB) mirou o Complexo de Saúde São João de Deus, em pronunciamento, nesta terça-feira (24). Mais uma vez acusou a gestão de se preocupar em gerar lucros ao invés de “salvar vidas”.

O emedebista foi além. Disse que o hospital coloca “o pé no freio” e não libera vagas suficientes para os pacientes de Divinópolis.

“Enquanto isso várias pessoas perderam a vida, por causa de falta de vagas”, disparou.

Otaviano lamentou o fato do São João de Deus ser o único credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). E, afirmou que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) está prestes a estourar devido aos limitados leitos.

“Vemos que a UPA é uma panela de pressão, mas é a entrada de urgência e emergência, não lugar de 80, 100 pessoas ficarem internadas, mas sim entrar e em 24 horas ir para o hospital onde é conveniado ao SUS, mas temos a infelicidade de somente o São João de Deus ser conveniado”, cintado o São Judas e Santa Lúcia que já foram credenciados aos sistema único de saúde.

“Está faltando um deputado federal, um senador, que são os caras que fazem as leis, promoverem uma que obriga os hospitais a atenderem o mínimo pelo SUS”.

A reportagem aguarda posição do São João de Deus sobre as declarações do vereador.

Denúncias

Ainda neste mês, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Warlon Carlos Elias, denunciou, também na Câmara, que dos 20 leitos disponibilizados pelo SUS, 6 deles estão inativos. Os leitos mencionados são referentes ao anúncio feito pela Secretaria Municipal de Saúde no dia 13 de junho como plano de contingência para aliviar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

CSSJD

Procurado pelo PORTAL, o Complexo de Saúde São João de Deus disse, em nota, que a premissa da unidade é seguir os preceitos do SUS. Dentre eles estão a universalização, regionalização e hierarquização.

Ainda segundo o hospital, estes princípios norteiam a mais nobre prática da unidade, que é dar acesso a todos e não escolher a quem, mas respeitar a hierarquização da fila de encaminhamento de pacientes da Regulação Estadual e Municipal.

Sobre os leitos, o CSSJD disse apenas que o valor pago pelo Município referente aos 14 são feitos de acordo com a produção, e portanto há variações nos valores mensais repassados, mas afirmou que o repasse feito pela Prefeitura está em dia.