Josafá afirmou que o problema da saúde de Divinópolis não está na UPA; Ele apontou deficiência da atenção primeira e de leitos como causas
O vereador e Divinópolis, Josafá Anderson (Cidadania) afirmou que é preciso “abrir a caixa preta” do Complexo de Saúde São João de Deus. A declaração, feita na reunião da câmara, desta quinta (05), foi em critica a situação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Ele ainda acusou o hospital de fazer “seleção de pacientes”.
O parlamentar e os demais membros da Comissão de Saúde participam, na tarde de hoje, de reunião com representantes da nova gestora da unidade, a Organização Social Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (Ibds) e com o Conselho Municipal de Saúde.
Cobertura básica
Desafogar os corredores será um dos desafios da nova gestora. Apesar das críticas à UPA, Josafá afirmou que o “problema da saúde” não está nela.
“Ele está na assistência básica, nos postos de saúde que não têm médicos, em alguns faltam dois com tendência a piorar”, disparou tratando como “berrante” a falta de apoio do Estado.
“Agora, o governo federal entrou nesta linha e está boicotando Divinópolis”, acusou.
Demanda por leitos
O vereador disse que a UPA faz um “trabalho além do que deveria”. Para ele, a preocupação deve ser, além de ampliar a cobertura básica, de suprir a demanda por leitos.
“Tem pessoas de Divinópolis sendo levadas para cidades de fora”, disse.
Citando os quatro hospitais da cidade, acusou o Hospital São João de Deus de fazer “seleção” para receber pacientes de Divinópolis. Os outros três, Santa Mônica, São Judas Tadeus e Santa Lúcia não atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Divinópolis com quatro hospitais, um deles com referência, que é o São João de Deus parece fazer uma seleção para aceitar os pacientes de Divinópolis. Precisamos abrir a caixa preta do Hospital São João de Deus”, sugeriu.
Menos aplausos
Em meios a elogios à gestão interventora, Josafá afirmou ser preciso “menos aplausos”. A superintendente, Elis Regina será contratada como presidente da Fundação Geraldo Correa. A intervenção administrativa será concluída no final de dezembro.
“A gente vê muitos elogios, mas a gente vê que aquilo não é empresa para dar lucro. Precisamos ver com mais cautela, com menos aplausos, não no tocante do atendimento, mas na questão das escolhas do pacientes”, disse e finalizou: “o sistema emperra a saúde de Divinópolis”.