Amanda Quintiliano

 

Nilmar Eustáquio disse que a Câmara não pode ficar omissa  (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

Nilmar Eustáquio disse que a Câmara não pode ficar omissa (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

O vereador Nilmar Eustáquio (PP) pediu, nesta quinta-feira (25), a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades no Hospital São João de Deus. Para conseguir viabilizar a comissão, ele precisará da assinatura de seis parlamentares.

 

“Não podemos continuar sabendo do mundo de pessoas que enriqueceram ali dentro, usavam o hospital para atender os pacientes particulares. Quantas denúncias de roubo existem? Quantos recursos entraram ali dos nossos deputados? É hora dessa casa se posicionar”, afirmou.

 

“Essa casa tem como obrigação instaurar uma CPI e é isso que proponho. Estou solicitando as assinaturas”, completou.

 

Nilmar diz que é hora de saber quem foram os responsáveis e o que causou o rombo que hoje chega a R$ 110 milhões.

 

“Essa Casa tem obrigação de saber. Alguns gestores até saíram de Minas Gerais, estão gerindo hospitais em outros estados. Aqui tem denúncia de desvio até de assessor”, enfatizou.

 

Sem poupar palavras e crítica, o vereador tratou o rombo como “roubalheira” e disse que na Câmara não há “idiotas” para acreditar no que ele chamou de “pouca vergonha”.

 

“Má gestão não, é roubalheira mesmo […] Está achando que aqui tem trouxa, acha que aqui tem idiota de acreditar nessa pouca vergonha que vem acontecendo há muito tempo?”

 

MP

 

O relatório da auditoria realizada pela PricewaterhouseCoopers aponta as causa e os responsáveis. O documento que veio com cláusula de exclusividade ao Ministério Público foi repassado pelo promotor Sérgio Gildin ao Ministério Público Federal. Caberá a partir de agora ao órgão analisar e decidir se será instaurado procedimento ou inquérito para investigar as causas da crise o Hospital São João de Deus.

 

Em linhas gerais a auditoria apontou como principal causa da dívida milionária da unidade a má gestão, seguida pela construção da obra de ampliação. Sem mencionar nomes, na quarta-feira, 17 de setembro, o promotor voltou a falar que o desviou de dinheiro, diante do montante, não foi o principal motivador. Segundo ele, 3% do total do débito estariam relacionados a “roubo”.

 

 

Escute na íntegra o pronunciamento do vereador:

 

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