Convocado quatro vezes, ele não apareceu para depor na CPI da Permuta Estética que apura funcionamento da clínica Lorena Marcondes
Convocado pela quarta vez para a oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI da Permuta Estética, o funcionário da clínica Lorena Marcondes não apareceu. O depoimento de Marlon Augusto Pereira estava marcado, como testemunha, para esta segunda-feira (14/8).
A CPI apura se houve prevaricação ou negligência pela Vigilância Sanitária e agentes públicos no processo de alvará e funcionamento da clínica da biomédica Lorena Marcondes.
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Membro da comissão, o vereador Flávio Marra (Patriota) criticou a ausência. Contudo, pediu que haja condução coercitiva. No ofício – assinado pelo presidente da CPI, o vereador Edsom Sousa (CDN) – encaminhado ao funcionário, há o alerta de era a última tentativa de convocação, antes do pedido do auxílio das forças policiais. No entanto, ele não apareceu. Não apresentou justificativa.
A instauração da CPI ocorreu após a morte de uma paciente, de 46 anos, no dia 8 de maio. Ela sofreu parada cardiorrespiratória durante procedimento estético realizado por Lorena Marcondes. Embora socorrida, ela não resistiu e morreu no Complexo de Saúde São João de Deus.
Veja o vídeo do vereador:
Embora em prisão domiciliar, a biomédica continua impedida de exercer a profissão. Ela também não pode acessar as redes sociais. A clínica permanece interditada.
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Clínica Lorena Marcondes
A clínica estava com o alvará vencido desde outubro do ano passado. Inicialmente, por irregularidades constatadas e, por fim, por se recusar a apresentar o prontuário de um paciente que teve a boca necrosada em um dos procedimentos. Com isso, a Junta de Julgamento da Saúde apontou risco sanitário diante da denúncia recebida.
Todavia, antes, em 2021, ela foi interditada depois de os fiscais constatarem a presença de materiais e manuais para a realização de procedimentos cirúrgicos, como otoplastia e rinoplastia, aos quais a biomédica não estava autorizada em razão de sua formação.
Em outubro do mesmo ano, o alvará, com validade de 12 meses, foi liberado para procedimentos minimamente invasivos.
As investigações da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apontam, inicialmente, que a paciente foi submetida a procedimento invasivo, como lipoaspiração ou lipoescultura, além de enxerto nas nádegas.