Presidente da Corregedoria de Ética foi a favor da revogação da lei que criou o conselho

Por nove votos, os vereadores de Divinópolis revogaram, nesta terça-feira (25/4), a lei municipal 211/2021 que instituiu o Conselho Municipal de Ética Pública.

O que é o Conselho?

  • O Conselho Municipal de Ética Pública do Município de Divinópolis (COMEP) é instrumento de orientação e fortalecimento da consciência ética no relacionamento do agente público municipal com os cidadãos, entidades representativas, sindicatos, iniciativa privada e patrimônio público.
  • Ele é formado em sua maioria por representantes da sociedade, como entidades de classe, além de representantes governamentais.
  • Cabe ao Conselho orientar e aconselhar o agente público sobre ética profissional no respectivo
  • órgão ou entidade; alertar quanto à conduta, especialmente no tratamento com os cidadãos e o patrimônio público; adotar formas de divulgação das normas éticas e prevenção de falta de ética; registrar condutas éticas relevantes; decidir pela instauração e condução do processo ético.

O Conselho Municipal de Ética Pública tinha uma papel diferente da Corregedoria de Ética que está ligada à Câmara Municipal. A Corregedoria é formada, por exemplo, apenas por vereadores e segue os trâmites previstos em norma específica.

Quem votou para acabar com o Conselho:

Dentre os vereadores que foram a favor da revogação está o atual Corregedor de Ética da Câmara de Divinópolis, o vereador Israel da Farmácia (PDT).

Além dele votaram para revogar:

  • Ana Paula do Quintino (PSC)
  • Anderson da Academia (PSC)
  • Hilton de Aguiar (MDB)
  • Josafá (CIDADANIA)
  • Ney Burguer (PSB)
  • Rodrigo Kaboja (PSD)
  • Rodyson do Zé Milton (PV)

Quem votou para manter o Conselho:

Embora tenha assinado como autor do projeto, o vereador Ademir Silva (MDB) voltou atrás. Disse ter analisado e entendido que o órgão vem para complementar a atuação dos já existentes e que é a favor de qualquer investigação.

Também votaram para manter:

  • Edsom Sousa (CIDADANIA) – autor da lei que criou o Conselho de Ética
  • Roger Viegas (Republicanos)
  • Wesley Jarbas (Republicanos)

Flávio Marra (Patriotas) e Piriquito Beleza (CIDADANIA) não estavam em plenário e o presidente Eduardo Print Jr (PSDB) não vota.

O que dizem os vereadores que votaram para acabar:

  • Eles alegam que “nosso ordenamento jurídico brasileiro, não há lugar para a criação de mais uma esfera de controle da atividade do servidor público, tendo em vista a já presente existência de responsabilização do agente público nas esferas cível, criminal e administrativa”.