Valores serão indicados para a compra de medicamentos
Marcelo Lopes
Os vereadores de Divinópolis, Sargento Élton (PEN) e Cleitinho Azevedo (PPS) comunicaram em reunião ordinária, realizada na tarde desta terça-feira (20), que irão abrir mão do reajuste salarial de 3,97% para parlamentares, secretários, prefeito e vice-prefeito. O decreto com a reposição salarial foi publicado na última sexta-feira (16). O ofício também estabelece o reajuste dos servidores municipais em 3,94%.
De acordo com Sargento Élton, ambos os parlamentares possuem a mesma ideia desde o início da legislatura, com o objetivo de moralizar a Câmara Municipal, acabando com os cargos comissionados tanto no Legislativo, quanto no Executivo. Os edis irão indicar o encaminhamento dos valores que foram dispensados para a farmacinha da cidade, assim disponibilizando a compra de mais medicamentos.
“Não há estrutura nenhuma na cidade. Tem o aumento por lei que o prefeito deu? Tem. Mas achamos imoral ver as pessoas na farmacinha sofrendo igual estão, sem tapa buracos, poda de árvores, coisas simples e banais de se fazer, que a Prefeitura não está dando conta. Aí eles vão e concedem este reajuste para todo mundo, inclusive para vereadores, secretários, prefeito e vice-prefeito. Cleitinho e eu não concordamos com isso, achamos imoral na atual situação da calamidade financeira”, explica.
Cleitinho concorda que deve haver um aumento no salário dos servidores, mas acredita que na atual conjuntura financeira do município, os valores reajustados para os parlamentares podem servir de utilidade para a regularização dos serviços prestados na cidade.
“Vamos entender que hoje, a questão agora é nós nos situarmos, de servirmos à população. É o povo que precisa de regalias, políticos não precisam (…) Esse reajuste é mais que digno e é obrigação de dar para o servidor”, relata.
Os edis encaminharam a iniciativa para o presidente da Câmara, Adair Otaviano (MDB).
“Acho que está na hora dos políticos pensarem diferente”, finaliza o vereador do PEN.
Em um cálculo mais grosso, a decisão dos parlamentares devem representar economia de aproximadamente R$9,5 mil em 12 meses.