Suspeitas de irregularidades vão desde contratos de prestadores de serviço a pagamento de horas extras; Ameaça contra vereadora também será apurada
Vereadores de São Gonçalo do Pará, no Centro-Oeste de Minas, instauraram, nesta segunda-feira (19/2), Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI, para apurar inúmeros indícios de irregularidades envolvendo o governo do prefeito Osvaldo de Sousa Maia, o Zaquinha (Patriota). A CPI leva em consideração 25 requerimentos solicitados por parlamentares para verificar processos licitatórios.
Inicialmente, a comissão vai analisar 13 tópicos. As denúncias são vastas e vão desde contratos suspeitos com prestadores de serviço, obras com dispensa de licitação sempre com a adoção de aditivos, assim como pagamentos de horas extras e diárias irregulares.
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Além disso, há suspeita de recebimento de valores por parte de secretários municipais para a cessão de máquinas a terceiros.
A CPI também vai apurar suspeita de coação e ameaça contra a vereadora Nilsa Maria (CDN) cometida pelo prefeito e o assessor de um deputado federal. Isso teria ocorrido para forçá-la a votar no candidato do governo à presidência da Câmara.
Na época, a vereadora registrou Boletim de Ocorrência. O candidato que teria o apoio do prefeito não conseguiu os votos necessários.
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Trabalhos da CPI de São Gonçalo do Pará
A CPI teve a assinatura de um terço dos vereadores para instauração. Assinaram: Nilsa Maria (CDN), Márcio Antônio de Oliveira (MDB) e Francisco Sales de Oliveira (PDT).
Ela é composta por Nilsa, Francisco e também Pedro Henrique da Silva (MDB). A reunião para definir membro, relator e presidente ocorrerá, então, ao longo desta semana.
O que diz a prefeitura
A procuradoria-geral da prefeitura informou que até o momento não recebeu nenhuma notificação referente à CPI e que, por isso, não há como se manifestar. Disse ser um momento de apuração e não “juízo de valor”.
Ainda de acordo com a procuradoria, a prefeitura tem atendido prontamente a todos os requerimentos dos vereadores, bem como pedidos de informação.