Júlia Sbampato

Água, sucos, vinhos, cervejas. Todas essas bebidas de consumo tão frequente em nosso cotidiano são transportadas, geralmente, em garrafas de vidro. O vidro é um material 100% reciclável e pode ser reutilizado diversas vezes, mas em muitos casos acaba sendo destinado para o lixão de maneira imprudente, podendo até mesmo colocar a saúde daqueles que o transporta em risco.

O comercial, Guilherme Rodrigues tem várias garrafas, não retornáveis, empilhadas na garagem de casa. Sem saber qual a destinação correta, ele prefere juntar até ter alguém para doar. Geralmente, elas são repassadas para artesãs.

“Sempre junta e não sei para onde levar, o que fazer com elas para não descartar incorretamente”, afirmou.

Pensando neste problema, a ONG Lixo e Cidadania, em parceria com a Qualific (administradora de condomínios) decidiram iniciar o processo de coleta seletiva e reciclagem de materiais que seriam destinados ao lixão em Divinópolis. O vidro é um dos materiais, e por demorar cerca de quatro mil anos para se decompor e por ser totalmente reciclável, a melhor maneira de descarte é a reciclagem.

Segundo Helcia Viriato da ONG Lixo e Cidadania, a melhor forma de descartar resíduos de vidro é agrupando em jornais, caixas de leite ou de papelão, evitando assim que o material fique diretamente em contato com as sacolas plásticas na hora do descarte. O simples ato de embrulhar o vidro garante a segurança dos coletores de material reciclável.

Atualmente, a empresa de limpeza urbana Arbor segue a rota estabelecida pela Prefeitura de Divinópolis, com caminhão-caçamba para atender a cinco rotas no município. O serviço é organizado pela Secretaria Municipal de Operações Urbanas (Semop). Entretanto, a coleta sofre com diversos problemas que precisam ser resolvidos para continuar funcionando.

 “Resíduos sólidos têm estado muito misturados à matéria orgânica, o que permite reaproveitamento de apenas 40% pela Ascadi (Associação dos Catadores de Divinópolis). Os 60% restantes são, então, encaminhados pela Arbor ao aterro controlado. Desse modo, o processo torna-se mais moroso e caro. Ao melhor segregar resíduos sólidos, a população pode contribuir para diminuir custo e agilizar o processo”, explica.  Os cacos de vidro são enterrados.

Uma reunião será realizada nesta quinta-feira (02) a partir das 14 horas entre a Secretaria de Meio Ambiente e o Fórum Municipal Lixo e Cidadania de Divinópolis. Irão discutir os problemas da coleta seletiva na cidade, desde na área operacional até os ajustes da rota.

De acordo com o quantitativo de coleta seletiva da Semop, de janeiro a abril 1.047 toneladas de resíduos sólidos foram recolhidas no município.

Cronograma Atual

Na segunda-feira o caminhão passa pelo Ipiranga, L.P Pereira, Planalto, São José, São Miguel, Tietê, Vila Operária, Vila Santo Antônio, Walchir Rezende e Bela Vista.

Já na terça-feira são atendidos Danilo Passos I e II, Vila Romana, Candelária, Jardim Oliveira, Dom Cristiano, Prolongamento Bom Pastor, Santa Clara, Afonso Pena e São Sebastião.              

Já o Belo Vale, Ermida, Rancho Alegre, São Roque e Xavante estão na rota de quarta-feira. Quinta-feira é a vez do Davanuze, Espírito Santo, Halim Souki, Interlagos, Itaí, Mangabeiras, Maria Helena, Nações, Niterói, Ponte Funda, Porto Velho, São João de Deus, Sagrada Família, Santa Lúcia, São Luiz, Vale do Sol, Manoel Valinhas I e II, Universitário e José Tomaz.             

No Esplanada e Porto Velho o caminhão recolhe na sexta-feira.  

Bairros

A Semop reduziu a rota em bairros que apresentam baixa coleta. Nos locais, o atendimento é realizado pela Ascadi.

Na rota 1 passou pelo D. Ceci, Jardim Brasília e Jardim Nova América.

Na rota 2 estão o Belvedere, São Judas, Nova Fortaleza, Serra Verde, Nossa Senhora da Conceição, Alvorada e Bom Pastor, Francisco Machado Filho, Antônio Fonseca, N.S das Graças, Cidade Jardim, Jardim Belvedere I e II, Mar e Terra, Antares, Nova Holanda, Sta. Tereza, D. Quita, Jusa Fonseca, Paraíso, Santos Dumont, Santa Rosa e Dona Rosa.