Foto: Dirceu Aurélio/Imprensa MG

O governador Romeu Zema (Novo) tratou como político o movimento liderado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores de Educação (Sind-UTE) durante visita dele a Divinópolis, nesta quinta-feira (24/3). Manifestantes se reuniram na porta da sede da Fiemg/Centro-Oeste.

“Temos de lembrar que, primeiro, estamos em um ano eleitoral e me parece que é bandeira de alguns sindicalistas, de alguns deputados quererem aproveitar o ano eleitoral”, afirmou.

Zema ainda pontuou: “Porque quem não pagava o salário em dia, quem não pagava décimo terceiro salário, quem não oferecia plano de saúde, pois não pagava hospitais, clínicas e laboratórios era o governo passado. Agora quem tá pagando em dia e quem tá dando aumento é o meu governo. Então, é estranho”.

O governador também voltou a ameaçar a vetar o projeto de recomposição salarial em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) caso seja aprovado com alguma emenda. A proposta prevê índice de 10,06% para todo o funcionalismo público. O texto foi aprovado em primeiro turno nesta quarta-feira (23/3).

“Bom, como eu já disse, eu obedeço a lei. E a lei está muito clara. Num estado como Minas Gerais, onde a folha de pagamento está acima do limite prudencial, ou seja, o Estado ainda gasta com a folha de pagamento mais do que a lei de responsabilidade fiscal determina, eu não vou cometer ilegalidade. E a lei está muito clara, o Estado pode dar um reajuste geral para todas as categorias, limitado à inflação do ano anterior. Eu sou um governador que estou fazendo o certo, então eu vetarei qualquer coisa que venha a onerar o Estado, além daquilo que a lei determina”, disse.

Ele ainda frisou o que chamou de “trajetória de disciplina com os gastos”.

“Quando nós assumimos o Estado, a folha de pagamento consumia 67% da receita. Já caímos para 49% e precisa cair mais um pouco, para ficarmos enquadrados. Então estamos tendo feito um esforço gigantesco. Desde o primeiro dia do meu governo, o foco tem sido arrumar a casa. Eram 21 secretarias, hoje são 12, tem sido equilibrar as contas e hoje nós podemos dizer, que o trem está em cima dos trilhos, mas ainda está andando devagar. Nós dependemos ainda de avanços no estado, mas nós estamos caminhando. Cada questão no seu tempo. Colocamos a folha em dia, depois colocamos o décimo terceiro em dia, as férias prêmio, que esqueci de mencionar, então tudo vai ter a hora certa de acontecer. O que eu mais quero é valorizar o servidor público. Só que eu tendo de obedecer a lei. Eu não serei irresponsável, como já tivemos governos no passado, que dão reajuste e depois não pagam. Eu vou fazer o que é certo. Durante mais de 30 anos no setor privado, eu nunca atrasei uma folha de pagamento e não vou fazer isso no Estado”, disse.

Ele também manteve a posição de preferir fazer o certo a ser reeleito.

“Eu estou aqui pra fazer o certo. Na minha opinião, voto é consequência, não é objetivo”.

Assista a entrevista completa: