obras da magalhães pinto paradas
Em janeiro deste ano as obras da Magalhães Pinto ficaram paradas (Foto: Reprodução Redes Sociais)

Levantamento realizado pelo Sintram baseou-se no relatório da última medição de abril deste ano

Relatório da Secretaria Municipal de Fiscalização de Obras Públicas e Planejamento (Semfop) mostra que mais de 88% das obras anunciadas pela administração do prefeito de Divinópolis Gleidson Azevedo (Novo) estão com menos de 50% concluídos ou nem começaram. O levantamento realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) ainda mostra que há obras iniciadas na gestão anterior que não tiveram sequência no atual governo e seguem sem conclusão.

Embora com vídeos, do irmão do senador Cleitinho (Republicado) – acompanhados de vereadores da base, em canteiros de obras – a realidade é outra. Na prática, dezenas delas estão a passos lentos.

Conforme o relatório da Semfop, das 67 obras anunciadas por Gleidson Azevedo, 88,05% estão com menos de 50% concluídos ou não começaram, o que representa 59 contratos. De acordo com a última medição realizada no final de abril, 18 obras estão com menos de 50% concluídas, o que representa 26,86% das anunciadas.

Os números oficiais ainda mostram que 31 obras, o que representa 46,26%, ainda não começaram iniciadas. Apenas quatro obras, iniciadas na atual gestão, estão completamente executadas.

Obras anunciadas por Gleidson

Um dos exemplos de obra emperrada é o asfaltamento de vias no Bairro Bom Pastor. Iniciadas em 2021, a obra executada pela empreiteira Melo Rodrigues, está com apenas 63,33% concluídos.

Iniciada em 2022, a obra de drenagem e calçamento no Bairro Mansões está estimada em R$ 1,3 milhão. A Transcanto, empresa responsável pela execução, já recebeu R$ 250,5 mil e até agora realizou apenas 19,15% da empreitada.

Outro exemplo é a Praça Padre Marinho, localizada no Bairro Planalto. A obra, licitada em 2022 e vencida pela Empreser, estimada em R$ 310,3 mil, ainda não começou.

A obra de calçamento e drenagem no Bairro São Geraldo foi iniciada em 2022. Ao custo de R$ 1,3 milhão, a obra está sendo tocada pela empreiteira Transcanto que já recebeu R$ 250,5 mil e só executou 19,15% do previsto.

Magalhães Pinto

Um dos casos mais conhecidos em atrasos na execução é a recuperação da Avenida Magalhães Pinto, que deve receber recapeamento e drenagem. A obra iniciada no ano passado pela empresa Moura Campos, ainda está pendente. Isso porque, devido ao atraso no cumprimento do cronograma estabelecido em contrato, houve a rescisão do contrato.

A Moura Campos realizou apenas 16,55% da obra e, ainda assim, recebeu R$ 1,493 milhão da Prefeitura.

Com a rescisão do contrato com a Moura Campos, a Terramares, segunda colocada no processo licitatório, assumiu a execução. Para concluir a obra, a Terramares vai receber mais R$ 7,2 milhões. Até a última medição feita pela Semfop, a Terramares ainda não havia executado nenhum percentual da obra.

De acordo com a Semfop, boa parte das obras contratadas, decorrentes de contratos e convênios com a Caixa Econômica Federal e que ainda não foram iniciadas, estão em processo de reprogramação.