Amanda Quintiliano

 

Vereador criticou a PM (Foto: Liziane Ricardo/PMD)

Vereador criticou a PM (Foto: Liziane Ricardo/PMD)

A afirmação do vereador Hilton de Aguiar (PMDB), da última semana, foi levada para a reunião da Associação Comunitária para Assuntos de Segurança Pública (Acasp) desta quarta-feira (14). Em pronunciamento, na quinta, ele disse que os moradores terão que começar a enfrentar os bandidos com a mesma violência. A fala veio após duras críticas ao trabalho da Polícia Militar (PM). Para o presidente da associação, José Vitor Batista o parlamentar instigou a violência.

 

No pronunciamento , Hilton destacou os assaltos que vêm ocorrendo nas comunidades rurais de Buritis, Ribeirão dos Servos e Barragem e falta de policiamento.  Afirmou ainda que além se serem vítimas de roubos elas também são agredidas. 

 

“Enquanto a comunidade não começar a enfrentar essas pessoas da mesma maneira que eles estão fazendo, a coisa não vai mudar, pois as comunidades de Buritis, Passagem, Ribeirão dos Servos e Barragem, não estão aguentando mais esses picaretas, esses ladrões que estão fazendo covardia”, disse em pronunciamento, o vereador que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos.

 

O pronunciamento não parou por aí, o vereador tratou os policiais como “soldadinhos de chumbo” e disse que o quartel fica cheio enquanto não há nenhum nas ruas. As críticas renderam até para as lideranças políticas. Segundo Hilton, os políticos vão até a comunidade com promessa de reforçar a segurança e depois de eleitos não voltam.

 

Tribuna

 

O incomodo principal gerado pelas afirmações de Hilton, foi quando o vereador disse que a comunidade vai precisar enfrentar os bandidos. Para o presidente da Acasp, ele, como homem público, instigou a violência.

 

“Em um dos momentos ele disse que a polícia não faz nada, que eles vão para o lado oposto. Com isso, ele disse indiretamente que estamos desprotegidos, que precisamos resolver com as próprias mãos e esse não é o melhor caminho […] Vamos pedir o presidente [Rodrigo Kaboja] para usar a tribuna. Eles [vereadores] são autoridades, pessoas influentes, a forma de falar exerce influência sobre a população”, disse.