(Foto: Diego Henrique)

Diego Henrique 

Cerca de 40 alunos e professores da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg) se reuniram, neste sábado (16), na Praça do Santuário, no Centro de Divinópolis, e formaram uma comissão para discutirem maneiras mais criativas de mobilizações. O ato público foi contra a decisão do Estado de demitir o corpo docente e não renovar os contratos automaticamente.

Os alunos estão preocupados com o possível atraso no início das aulas, previsto para março, devido a não renovação dos contratos do corpo docente. Nesta sexta-feira (15) os estudantes se reuniram na unidade para discutirem sobre uma possível ocupação do prédio. Porém, eles irão aguardar a reunião do Diretório Acadêmico (DA) com o reitor, Dijon Moraes Júnior e com o subsecretário de ciência, tecnologia e ensino superior, Márcio Pontes. A reunião está marcada para esta segunda-feira (18).

Caso o governo não apresente nenhum sinal positivo para reverter a decisão da Secretaria de Estado da Casa Civil e Relações Institucionais, a ocupação da unidade voltará para a pauta dos estudantes.

O caso

(Foto: Diego Henrique)

(Foto: Diego Henrique)

A confusão começou quando o Estado, no final do ano passado, resolveu demitir todos os professores. O acordo era renovar os contratos automaticamente daqueles profissionais que eram funcionários da Funedi quando ocorreu a estadualização. Entretanto, a Secretaria de Estado da Casa Civil e Relações Institucionais entendeu ser ilegal a renovação sem a realização do processo seletivo.

Nesta quinta-feira (14), a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) confirmou que na próxima semana deverá ser divulgado o edital de designação para ocupação de mais de 200 vagas para a unidade de Divinópolis. Já os professores que atuavam na instituição devem se inscrever para participarem do processo seletivo.

Com essa decisão, o início do ano letivo pode ficar comprometido. Para os professores, é impossível realizar as novas contratações em fevereiro. O Estado não teria nem a relação das vagas. Outro problema apontado é o risco de prejudicar projetos em andamentos iniciados pelos professores que podem não voltar este ano.