A cuidadora Ana Lúcia Ferreira cobrou respostas sobre a morte da filha dela de 27 anos
A cuidadora de idosos Ana Lucia Ferreira Duarte acusou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, de negligência médica. A declaração ocorreu, nesta terça-feira (18/6), na câmara municipal. Ela é mãe de Isabela Cristina Cordeiro que morreu há três meses com quadro de pedra da visícula e pancreatite aguda. Aos prantos, ela não conseguir concluir o pronunciamento e deixou a Tribuna Livre amparada.
A demora por transferência e a realização de cirurgia, de acordo Ana Lucia, culminou na morte de sua filha, Isabela Cristina Cordeiro, há cerca de três meses. Isabela, diagnostica – após pagar exames na rede privada, com pedras na vesícula e outras complicações de saúde, teria falecido em decorrência de suposta omissão no atendimento, de acordo com a mãe.
Emocionada
Visivelmente emocionada e desestabilizada, Ana Lucia afirmou que “ninguém faz nada para ajudar” e durante sua fala, ela alegou que o deputado estadual Eduardo Azevedo (PL) havia se oferecido para ajudar.
“Ninguém fez nada, o Eduardo Azevedo falou comigo que ele estava arrumando a vaga, só que ele não fez nada e ninguém fez nada”, declarou.
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Nesse momento, o presidente da Câmara, Israel da Farmácia, interrompeu a mãe, advertindo-a sobre a proibição de citar nomes e pedindo foco no assunto inscrito.
Ana Lúcia continuou seu relato muito emocionada, dizendo que transferiram sua filha para Oliveira já sem vida.
“Eles encaminharam ela morta para Oliveira, eu sei que ela estava morta pois sou cuidadora, eu vi minha filha morrendo, ela morreu na minha frente.”
Ela sugeriu que houve uma tentativa de tirar a culpa da UPA, que é gerida pelo Instituto Brasileiro de Administração Pública (Ibrapp).
“Para tirar a culpa da UPA, eles transferiram ela para Oliveira, só que pura mentira, ela morreu na minha frente”
Ana Lúcia disse que a vaga só saiu depois que Isabela morreu. Ela ficou três dias na UPA esperando transferência.
“Dancinha”
Ana Lúcia, disse que o prefeito não fez nada e que fica fazendo dancinha.
“Esteve lá na UPA, ficou 5 minutos lá dentro. Se a UPA é tão boa, porque ele não leva os parentes dele pra lá?”, indagou.
E completou: “Hoje, quando a gente precisa do prefeito tem que implorar. Perdi minha filha. Ela deixou uma menina de 4 anos que fica chorando, a minha vida acabou.”
Respostas
Por fim, Ana Lúcia cobrou respostas sobre o caso de sua filha.
“Quero respostas, porque que levaram ela morta? Só isso que quero saber. A gente já estava sofrendo tanto, minha filha tinha 27 anos e era mãe de família, acabou com minha vida”
Após essa fala Ana Lúcia muito emocionada, chorando e abalada precisou ser amparada pelos vereadores e ficou aos cuidados dos funcionários da Câmara, que teve a reunião interrompida.
SAMU
Na época o SAMU divulgou uma nota dizendo que a paciente estava em estado grave e que necessitava de intubação e que foi transferida viva para Oliveira.
Prefeitura de Divinópolis
Na ocasião, a Prefeitura de Divinópolis divulgou que a informação era descabida e desprovida de verdade.