Divinópolis ganhou nova categoria; Itapecerica pela primeira vez aparece no traçado do Ministério do Turismo
Cerca de 23 municípios da região Centro-Oeste de Minas, distribuídos em sete circuitos turísticos, integram a nova versão do Mapa do Turismo, divulgado pelo Ministério do Turismo no fim do mês de agosto.
Na nova distribuição, que terá validade até 2021, de acordo com o Governo Federal, os estados e municípios contaram com novos critérios, compromissos e recomendações estabelecidas pela pasta, entre elas a obrigação de participação em instância de governança e em Conselho Municipal de Turismo (Comtur).
A região Centro-Oeste ficou dividida desta maneira, nos seguintes circuitos turísticos:
- Grutas de Minas: Arcos, Campo Belo, Cristais, Formiga, Pains e Pimenta;
- Lago de Três Marias: Abaeté , Estrela do Indaiá, Martinho Campos e Serra da Saudade;
- Campo das Vertentes: Carmo da Mata , Carmo do Cajuru, Carmópolis de Minas, Cláudio, Divinópolis, Itapecerica e São Francisco de Paula;
- Veredas do Paraopeba: Itaúna e Mateus Leme;
- Vale Verde e Quedas d’água: Oliveira e Passa Tempo;
- Guimarães Rosa: Pompéu;
- Nascentes das Gerais e Canastra: São Roque de Minas.
Divinópolis
Indo da categoria C para a B, a prefeitura de Divinópolis divulgou que a ascensão no Mapa do Turismo é relacionada às “boas ações econômicas e turísticas desenvolvidas em 2018, pelo Município”, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo.
Através do relatório, a cidade pode solicitar ao MinTur, investimentos em ações de infraestrutura turística, qualificação profissional e em projetos que já ocupam o cronograma da secretaria. Ainda segundo a prefeitura, a atual colocação no Mapa do Turismo é uma oportunidade para fomentar o turismo no município e um dos objetivos, constados no Plano Municipal, é solicitar verba para viabilizar a estrada de acesso a Cruz de Todos os Povos.
“Esse resultado é muito positivo para nossa cidade, temos muitas ações para colocar em prática.”, completa o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Nogueira.
Carmo da Mata
Camila Canto, gerente de projetos da secretaria de cultura e turismo de Carmo da Mata, contou que a prefeitura cumpriu todos os protocolos para a inserção no mapa do turismo. Ela relatou também que a atual gestão começou um planejamento no turismo do zero e com essa inclusão dentre os circuitos.
Com isso, um plano decenal foi criado. Nele, há a contemplação da criação de um museu histórico do município, dentro da antiga Estação Ferroviária. Nesta área, a prefeitura pretende construir um complexo cultural e a inserção na rota de trens turísticos, além de uma revitalização da entrada da cidade e destas áreas, formatando um espaço de cultura e entretenimento, envolvendo a história de Carmo da Mata, que está na categoria D do Mapa do Turismo.
“A partir desse museu vai ser possível elaborar roteiro para visitação nas fazendas centenárias (…) Agora o nosso próximo passo será essa restruturação e fazer este complexo cultural”, relatou Camila.
Itapecerica
No caso de Itapecerica, esta é a primeira vez que a cidade é inserida no Mapa do Turismo, estando na categoria D. Ao PORTAL GERAIS, a secretária municipal de cultura, turismo e esportes, Simone Toledo, afirmou que a entrada do município, que possui eventos tradicionais, como o Festival Gastronômico, é o primeiro passo para novas ações.
“Estando inserido no mapa, para realizar um projeto, viabilizar verbas, é algo muito mais fácil e com maiores possibilidades de se conseguir”, disse.
Critérios
Segundo o Governo Federal, além das necessidades de um município possuir um órgão de turismo e o conselho municipal em atividade, o novo mapa adotou outros critérios obrigatórios para a participação na plataforma.
Agora, as cidades devem ter um orçamento próprio destinado ao turismo e possuir prestadores de serviços turísticos de cadastro obrigatório registrados no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), do MinTur.
Benefícios
Os municípios listados possuem uma categorização que vai das letras A a E. Esta organização é utilizada como um instrumento de acompanhamento do desempenho das economias turísticas locais.
Este trabalho subsidia a priorização de investimentos por programas do Ministério do Turismo, incluindo ações de infraestrutura turística, qualificação profissional e promoção dos destinos, observando características peculiares de demanda e vocação turística.