Aurylio disse que os cronogramas serão analisados (Foto: Amanda Quintiliano)

Aurylio disse que os cronogramas serão analisados (Foto: Amanda Quintiliano)

Se o país está em crise, a Cidade Tecnológica desenha outros contornos para Divinópolis. A Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e o Cefet apresentaram, nesta quarta-feira (20), um cronograma de obras para implantação de cursos na área doada a elas. O primeiro deles, da UFSJ, está previsto, inicialmente, para começar em 2017, dependendo dos tramites burocráticos.

O Cefet deverá implantar três cursos de engenharia, um deles de ferroviária e os outros dois ainda não foram informados. Já a UFSJ contará também com o de zootecnia. O curso de veterinária teve preferência devido a área já contar com uma pré-estrutura. Como no local funcionava uma fazenda com criação de gado, já há espaços climatizados, por exemplo, para montar os laboratórios.

O diretor do campus Dona Lindu, Eduardo Sérgio conta que ainda falta a aprovação dos projetos arquitetônicos. Eles devem ser encaminhados à prefeitura em até dois meses. As obras devem ser liberadas até o final deste ano. Paralelo, será iniciado o processo de aprovação dos cursos no Ministério da Educação (MEC) para a realização de vestibular em 2016 e início das aulas em 2017.

“Entregamos uma proposta, ainda tem muita coisa que precisa ser feita, o projeto do empreendimento precisa ser finalizado, então temos uma proposta de investimentos de seis anos. Ele não está em data, apenas em anos […] A gente espera começar em 2017 pelo menos o oferecimento de veterinária”, disse.

Investidores

Outra novidade anunciada nesta quarta-feira (20) foi a possível inclusão de outras duas empresas no projeto, a Elglobal Construtora Ltda. e a FCS Empreendimentos Ltda. A proposta foi apresentada ao Conselho Gestor durante reunião na Fiemg e ainda será avaliada. As duas seriam sócias investindo na área urbanística. Juntas aplicariam cerca de R$ 150 milhões.

O investimento total, a longo prazo, deve chegar a R$ 500 milhões, com previsão de geração de mais de cinco mil empregos diretos para os próximos anos, e atração de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões em aportes de indústrias e empresas de base tecnológica que se instalarem no complexo. Apesar da garantia da UFSJ e Cefet ainda não há empresas confirmadas para se instalarem.

Um dos coordenadores do projeto, Aurylio Guimarães disse que nos próximos dias deve embarcar para Espanha e Portugal para conversar com prováveis investidores. Eles já teriam manifestado interesse em se instalarem na cidade. Entretanto, Guimarães não antecipou a área de atuação das empresas. Para ele, o ensino superior será o responsável em atrair indústrias. O investimento está previsto em 10 anos.


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