Fake News sobre tragédia no RS pode prejudicar os esforços de evacuação e resgate, afirma governo
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República pediu a investigação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e do influenciador Pablo Marçal por propagação de fake news envolvendo a tragédia no Rio Grande do Sul (RS). Eles estão na lista de responsáveis por postagens apontadas pelo Palácio do Planalto.
Após identificar os conteúdos nas redes sociais de políticos e influenciadores, o governo enviou um ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Nele, ele pede a investigação sobre possíveis “crimes” cometidos pelos autores.
Após receber o documento, Lewandowski remeteu o pedido à Polícia Federal para análise e adoção “das providências cabíveis, com a urgência que o caso requer”.
A decisão de pedir investigação partiu do Ministério da Justiça a partir do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta. Isso porque, o comandante Militar do Sul, general Hertz Pires do Nascimento, o procurou comentando que fakes news sobre o trabalho do Exército vem causando desconforto e atrapalhando o trabalho das tropas em ação no resgate de atingidos pela enchente no Rio Grande do Sul.
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“Abrir uma guerra contra fake news”
Internamente, o Planalto fala em “abrir uma guerra” contra quem propaga fake news. De acordo com o balanço mais recente, a tragédia no RS já deixou 90 mortos e afetou 1,3 milhão de pessoas no Estado desde a semana passada.
O documento cita preocupação com o “impacto dessas narrativas na credibilidade das instituições como o Exército, FAB, PRF e Ministérios”.
“Que são cruciais na resposta a emergências.”, afirma.
“A propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos. É fundamental que ações sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia das nossas instituições frente a tais crises.”, completa o ministro no pedido.
Cleitinho, Marçal e Eduardo: fake news envolvendo o RS
O documento pede “providências cabíveis” pelo MJ, “tanto para a apuração dos ilícitos”, assim como, para “eventuais crimes relacionados à disseminação de desinformação”.
Em uma das publicações citadas, Eduardo Bolsonaro criticou a ajuda do governo federal ao Rio Grande do Sul. Ele menciona, então, que o governo levou quatro dias para enviar reforços a região. Outra publicação, do influenciador Pablo Marçal, cita que a Secretaria da Fazenda do RS estava barrando os caminhões de doação. Assim, impedindo a distribuição de comida e marmitas. A mesma informação foi reafirmada pelo senador Cleitinho Azevedo.