Documento foi enviado ao Ministério Público; Conselho diz que constatações apontam riscos para crianças e idosos

Situações de riscos foram constatadas pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS) nos centros de triagem em Divinópolis. Em funcionamento desde esta segunda-feira (25/1), as unidades estão superlotadas.

Os centros de triagem foram criados para atender pacientes sintomáticos respiratórios. O objetivo é evitar o contato com outras pessoas e desafogar as unidades de saúde.

Pacientes relatam demora no atendimento, aglomerações, falta de profissionais suficiente. Um cenário similar ao encontrado pelos conselheiros.

No documento encaminhado ao Ministério Público (MP), o órgão que tem papel deliberativo e consultivo, cobra uma ação.

Ele relata aglomerações que podem aguçar ainda mais a propagação de vírus como o da COVID-19 e o da Influenza.

Outro problema é o uso da triagem da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para o centro que funciona ao lado.

A entrada para pacientes com sintomas respiratórios e com outras doenças manteve-se a mesma.

“Tal fato não se justifica devido a unidade de testagem na UPA ter orçamento, e por isso deve ter equipe independente com finalidade de não prejudicar o atendimento da unidade UPA”, alega o conselho.

O município disse que seriam investidos R$ 200 mil para efetivação do Plano de Contingência que engloba os três centros de triagem.

São eles:

  • Centro de Triagem Sudeste: no estacionamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). 
  • Centro de Triagem Norte: no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) São Sebastião, localizado na rua Orsini Gomides Campos nº 150, bairro São Sebastião. 
  • Centro de Triagem Central/Sudoeste: será implantado na Escola Municipal Oribes Batista Leite, localizada na rua Itambé nº 81 no bairro Ipiranga. 
O Centro de Triagem funciona no estacionamento da UPA de Divinópolis (Foto: Reprodução redes sociais)

“O fato constatado neste primeiro momento colocou em risco desnecessário, crianças e idosos no local, além de todos os outros enfermos que não tinham até aquele momento uma doença respiratória”, afirma.

O conselho ainda afirma que ignorar a situação, segundo ele, por falta de medidas efetivas do governo municipal e Vigilância Sanitária, pode acarretar em prevaricação e omissão.

Ele pede o desarquivamento de um procedimento já existente e também reunião com os promotores.

Dificuldades

No mesmo ofício, o conselho ainda cita estar aguardando o encaminhamento de um novo funcionário pelo governo para ocupar a secretaria executiva.

Disse ainda estar sem assessoria jurídica que foi acordada na gestão anterior, porém sem sequência na atual.

A assessoria de comunicação informou que serão feitas mudanças nos atendimentos dos centros de triagem a partir desta quarta-feira (26/1). Porém, ainda não detalhou quais.