De acordo com o último boletim de monitoramento da dengue na cidade, emitido pela Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis, já são 73 o número de casos notificados como suspeitos desta doença. Desse total, por enquanto, apenas um foi confirmado como positivo, mas se trata de um caso de dengue com sinais de alarme, ou seja, mais grave que a convencional, popularmente chamado de “dengue hemorrágica”.
Se por um lado a saúde do município comemora uma redução e 52% nos casos de dengue em 2015 em comparação ao exercício anterior, por outro os primeiros registros de casos suspeitos são vistos com certa preocupação. Isto porque, se considerar o mesmo período, foram 34 casos notificados como suspeitos em 2014 e 06 em 2015.
Para evitar o avanço, uma força tarefa – composta por agentes de endemias e agentes comunitários de saúde – foi formada há 15 dias e realiza uma intensa vistoria e eliminação de focos nos imóveis da cidade. Os primeiros dados desta operação são preocupantes.
Nas visitas realizadas até o momento, cerca de 15 mil, é verificado uma média de índice de infestação do mosquito em torno de 4,6%, ou seja, para cada 100 imóveis visitados estão sendo encontrados focos em quase 05 deles.
“Este índice indica que, se atitudes não forem tomadas com urgência, Divinópolis poderá passar por uma grande epidemia de dengue este ano. Lembrando que devemos considerar a possibilidade da entrada do vírus da chikungunya e da zika que também tem o Aedes aegypti como o mosquito transmissor”, alerta a diretora de vigilância em saúde, Celina Pires.
Neste aspecto, avalia ainda Celina, não basta apenas a mobilização do Governo Municipal. Cada vez mais a população deve estar inserida nestas ações e realizar a vistoria semanal da sua residência, lote ou comércio e, assim, eliminar os possíveis focos deste mosquito.
As chuvas desses últimos dias reforçam a preocupação das autoridades sanitárias da cidade quando ao surgimento de novos casos de dengue. A operação desencadeada pela Semusa será realizada durante 60 dias e a previsão inicial é vistoriar 113 mil imóveis por duas vezes para eliminar focos do Aedes aegypti.