Crise do Hospital São João de Deus, construção do Hospital Público quase parada e implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a espera de assinatura. Estes são apenas alguns gargalos enfrentados pelos divinopolitanos. Para buscar respostas, a nova secretaria municipal de Saúde, Kênia Carvalho irá se reunir nesta terça-feira (07) com representantes do governo do Estado.
Há menos de duas semanas no cargo, a secretaria quer reafirmar as demandas do município para enfrentar o caos devido à falta de leitos hospitalar. O São João de Deus já não consegue suprir a demanda regional. Isso reflete na superlotação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA – 24 horas) e nos casos de mortes registrados nela. O Hospital Público é a esperança para desafogar a unidade.
Para o funcionamento deste parque hospitalar que abraçará uma população estimada em 1,5 milhão de habitantes é necessário investimento. É atrás de mais recursos que a secretaria irá correr. Esta reunião será com o secretário-adjunto de Saúde, Nalton Sebastião Moreira da Cruz. Kênia quer o comprometimento desta nova gestão da Secretaria de Estado de Saúde das pautas já acordadas anteriormente.
Assim como no município, houve a troca de secretário no Estado. Fausto Pereira deixou o cargo para Sávio Souza Cruz. Desde então, há pendências, como o novo contrato do São João de Deus.
“A primeira pauta é o Hospital São João de Deus que é a assinatura de um contrato novo e a permanência da resolução que já foi editada com aporte de recursos financeiros”, explica.
A resolução prevê R$ 17 milhões ao ano para custeio de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e pagamento de extrapolamento.
“Estes extrapolamento são os procedimentos feitos pelo hospital, mas que não estão previstos no contrato. O hospital só recebe mediante a produção”, explica.
Já o novo contrato tornou-se um impasse. O Estado apresentou uma proposta e o hospital
contestou. Desde então, a superintendência aguarda um novo encontro com o secretário de Estado de Saúde para tentarem encontrar um meio termo. A unidade quer a recontratualização de aproximadamente R$ 16 milhões para suprir o déficit mensal. Este montante é anual.
“Estamos indo como uma equipe grande da Semusa, incluindo a superintendente [Gláucia Sbampato] para que a gente consiga o compromisso do secretário novo na manutenção dessas pautas”, afirmou mencionando o Hospital Público.
“Estamos entrando na fase final da construção e precisamos do comprometimento do Estado para liberar mais recursos”.
Também depende o Estado a assinatura do Contrato de Prestação de Serviço para o funcionamento do Samu. Pelo cronograma a inauguração seria no final deste mês. O Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg) já cumpriu todas as exigências.