Diego Henrique 

Com a velocidade da troca de informações que o aplicativo permite, muitas pessoas tem criado grupos exclusivos para a divulgação de locais onde estão sendo realizadas blitz policiais. Com isso, o motorista que está irregular deixa de ser autuado e continua em circulação. Muita das vezes esses motoristas apresentam risco ao cidadão, quando dirige algum veículo sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), por exemplo.

De acordo com o assessor de comunicação da Polícia Militar de Divinópolis, tenente Oliveira, existe penalidade para pessoas que divulgam esse tipo de informação. Caso seja um agente da lei, ele pode ser enquadrado no crime de peculato. Caso seja um cidadão comum, ele pode ser enquadrado no artigo 265 do Código Penal Brasileiro.

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(Foto: Reprodução/PMMG)

“ Esse artigo prevê a reclusão de um a cinco anos e multa para quem  atentar contra a segurança pública, e quem divulga essas informações pode ser enquadrado neste artigo,” disse.

Além de contribuir para que o motorista irregular fuja da fiscalização, quem divulga a informação ajuda também infratores que na sua grande maioria são detidos em blitz realizadas em locais e horários estratégicos.

“A blitz tem a intenção de proteger o cidadão do bem e é através delas que abordamos infratores, autores de furtos que estão fugindo e nas blitz são parados e até veículos que estão oferecendo risco ao cidadão. Quem cria esses grupos e divulgam essas informações que muita das vezes são falsas, estão fazendo desserviço a sociedade,” afirmou.

Caso seja comprovado que o infrator está se beneficiando dessas informações para fugir da lei, o informante pode ser penalizado por apologia ao crime.

Segundo o presidente da Associação Comunitária para Assuntos de Segurança Pública (ACASP), José Levi, esses grupos comprometem a segurança de pessoas inocentes e ele orienta que o usuário do aplicativo que for adicionado em grupos que tem essa finalidade, não deve compartilhar informações do tipo, e sair imediatamente dos grupos.

“Teve uma época que colocaram até o meu nome, mas acabei saindo porque vi que o objetivo além da divulgação de blitz, era propagar notícias ruins. Quando as redes sociais são usadas nesse sentido, prejudica toda a população do bem que passa a correr risco,” afirmou.