fábrica clandestina de suplementos alimentares em formiga
Uma tonelada de suplementos foram apreendidas (Foto: Divulgação/PCMG)

O estabelecimento não possuía registro na Anvisa para a fabricação de suplementos alimentares

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em parceria com a Vigilância Sanitária Municipal, fechou uma fábrica clandestina de suplementos nutricionais e esportivos em Formiga, no Centro-Oeste de Minas Gerais. A operação ocorreu na sexta-feira (7/2), no bairro Água Vermelha, resultando na apreensão de mais de uma tonelada de produtos irregulares.

De acordo com o delegado Emmanuel Robson Gomes, as investigações começaram após uma denúncia de um funcionário que alegou não ter recebido seus direitos trabalhistas.

“A denunciante apresentou um vídeo que mostrava funcionários manuseando matérias-primas e caixas sem qualquer controle de higiene. Diante dessas informações, acionamos a Vigilância Sanitária Municipal, que confirmou que a fábrica já havia sido interditada em julho do ano passado e não poderia estar em funcionamento”, explicou Gomes.

Os policiais constataram, ainda, que o estabelecimento não possuía registro na Anvisa para a fabricação de suplementos alimentares, o que agravou a situação da fábrica clandestina.

Produtos irregulares e riscos à saúde

Durante a operação, os investigadores encontraram embalagens com informações enganosas, que poderiam induzir o consumidor a erro, além de produtos com validade expirada. Também apreenderam:

  • Etiquetas e rótulos de diversas marcas;
  • Matéria-prima e ingredientes utilizados na fabricação;
  • Maquinários industriais;
  • Notas de pedidos de clientes, indicando vendas para estabelecimentos de Minas Gerais e outros estados.

A empresa utilizava um site e perfis em redes sociais para comercializar os produtos irregulares.

Funcionários da fábrica clandestina de suplementos conduzidos

Houve a identificação dos proprietários da fábrica clandestina, mas não estavam presentes no momento da operação. A polícia conduziu quatro funcionários do setor administrativo à delegacia para prestar esclarecimentos, mas não souberam fornecer informações detalhadas sobre o funcionamento do local.

De acordo com a polícia civil, as investigações seguem para identificar outros envolvidos e apurar os crimes contra a saúde pública, além de um possível esquema de lavagem de dinheiro.