Para manter os 23 funcionários do Hemominas, a Prefeitura de Divinópolis desembolsou cerca de R$ 1 milhão apenas no ano passado. O dado foi divulgado nesta terça-feira (23) pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) que voltou a afirmar não ter condições de arcar totalmente com esta despesa.

A Fundação atende à rede publica e privada em 54 municípios da região. Desde dezembro passado, a Prefeitura propôs ao órgão o rateio dos custos dos funcionários com os demais 53 municípios do Centro-Oeste, sugestão que foi descartada. Sem dinheiro, foi solicitado a devolução de 50% dos funcionários o que irá gerar economia de R$ 500 milhão.

A decisão, como o PORTAL informou com exclusividade na sexta-feira (19), seguiu uma recomendação do Conselho de Acompanhamento Administrativo e Financeiro (CAAF). O Conselho orientou rever todos os contratos/convênios que possui com órgãos gerenciados pelo Estado ou União.

Estado

A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) afirmou que a hemoterapia só é possível com a participação direta das três esferas de Governo (Município, Estado e União) em cada uma de suas unidades públicas. Ainda segundo a Ses, “este modelo de composição de equipe, com cessão de funcionários pela esfera municipal de governo para executar as atividades locais, é, por excelência, o preconizado pelo SUS”.

“Esse modelo é imprescindível para que o insumo – sangue – seja trabalhado localmente; processado em nível e por servidores estaduais, retornando ao município em forma de hemocomponentes para transfusões”, afirmou em nota.

A Ses ainda afirmou que “em função do corte de servidores cedidos à hemoterapia de Divinópolis, os serviços locais tornam-se fragilizados”. A secretaria não informou se novos profissionais poderão ser contratados pelo Estado.