Governo de Minas utiliza drones no combate à dengue. (FOTO: Divulgação Agencia Minas)
Governo de Minas utiliza drones no combate à dengue. (FOTO: Divulgação Agencia Minas)

Tecnologia pioneira mapeia criadouros do Aedes aegypti em áreas de difícil acesso, ajudando a reduzir os casos das doenças transmitidas pelo mosquito.

Esses dispositivos ajudam a mapear e tratar locais com acúmulo de água parada, potencial criadouro do Aedes aegypti. Com isso, a ação visa reduzir os casos das doenças transmitidas pelo mosquito, garantindo mais saúde para a população.

A iniciativa faz parte da política Vigidrones, desenvolvida pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Essa estratégia visa aprimorar o monitoramento e controle de endemias no estado.

O programa é implementado gradualmente nas 28 Unidades Regionais de Saúde (URS), com o objetivo de otimizar o trabalho dos Agentes Comunitários de Endemias (ACE). Assim, espera-se melhorar a eficácia nas ações nos municípios.

Os drones identificam áreas de difícil acesso, como caixas d’água e piscinas descobertas. Além disso, possibilitam a aplicação precisa de larvicidas, garantindo maior eficiência.

Para o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, os resultados iniciais são promissores. Ele acredita que a tendência é de avanços contínuos.

“Houve uma significativa eliminação de focos de água parada e do vetor nos municípios que começaram o mapeamento”, afirmou.

Ele destaca o pioneirismo de Minas, que está liderando o uso de tecnologias para prevenir epidemias de dengue e gerenciar emergências de saúde pública.

O vice-governador de Minas, Professor Mateus, ressaltou a importância da iniciativa.

“Com a Vigidrones, Minas Gerais inova no uso da tecnologia para cuidar da saúde dos mineiros. Esse é o compromisso do nosso governo, soluções modernas e eficientes para a saúde da população.”

Investimentos e resultados

O Governo de Minas destinou R$ 30 milhões para a contratação e execução do geomonitoramento com drones.

Nos municípios com menos de 30 mil habitantes, os Consórcios Intermunicipais de Saúde receberam os recursos. Assim, as ações puderam ser coordenadas com mais eficácia.

Em 2024, 394 cidades receberam atendimento, abrangendo 45 mil hectares. Nesse processo, identificaram-se mais de 100 mil potenciais focos do mosquito.



Estima-se que os ACE não detectem de 20% a 25% dos focos. Isso reforça a importância da tecnologia no combate ao mosquito.

Exemplo de sucesso

Em Igarapé, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraopeba (Icismep) mapeou 206 hectares e identificou 562 possíveis criadouros, incluindo 40 caixas d’água destampadas.

Giovanni Barbosa, diretor do Departamento de Zoonoses de Igarapé, destacou que, após o mapeamento, a ação dos ACE se tornou mais direcionada e eficaz. Assim, os resultados melhoraram significativamente.

 “Em um ano, registramos uma redução de 96% dos casos nas áreas mapeadas.”

O prefeito de Igarapé, Arnaldo Chaves, afirmou que, graças à tecnologia, obtidos resultados significativos, trazendo benefícios duradouros no combate ao mosquito.

“Com ferramentas adequadas, vamos continuar avançando no enfrentamento da dengue.”

Acompanhamento e capacitação



A coordenadora do Departamento Saúde Única do Icismep, Eduarda Portela, explicou que monitoram todas as etapas do processo, garantindo a eficácia dos resultados.

Entre julho e dezembro de 2024, o mapeamento abrangeu 69 municípios das Regionais de Belo Horizonte e Divinópolis, com a participação ativa, tanto do consórcio quanto do estado.

Além disso, armazenam os dados coletados em um sistema georreferenciado, permitindo a criação de mapas de calor que identificam as áreas críticas.

A SES-MG também realiza capacitações para otimizar o uso da tecnologia. Em breve, um painel de monitoramento será lançado, proporcionando uma avaliação detalhada dos resultados.