Hospital Público Regional Divinópolis
(Foto: Diego Henrique)

Com quase 90% das obras concluídas em Divinópolis, mas em ritmo desacelerado, o maior desafio do Hospital Público Regional não deve ser a construção, mas sim o custeio. Ao PORTAL o deputado federal, Jaime Martins (PSD) afirmou que se o mecanismo não for definido a unidade poderá se transforma em “elefante branco”.

O deputado disse que a solução estará na definição do custeio (Foto: Divulgação)

O deputado disse que a solução estará na definição do custeio (Foto: Divulgação)

Martins ainda disse que caso não se consiga uma forma de custeio “todos irão lamentar” ter concentrado esforços na liberação de recursos para a construção da unidade ao invés de direcionar o dinheiro para o Hospital São João de Deus.

“Iremos apenas lamentar que recursos que poderiam ter ido para o São João de Deus foram para lá e teremos dois problemas”, afirmou.

Os municípios estão estrangulados e não conseguem assumir sozinhos a responsabilidade pelo Hospital Público. Ao todo, 55 cidades do Centro-Oeste irão recorrer a ele. Entretanto, nenhuma quer colocar a mão no bolso para o custeio. Até agora algumas hipóteses foram levantadas como transforma-lo em Hospital Escola. Desta forma, o governo federal, seria o responsável em mantê-lo.

“Se ele começar a funcionar e achar fonte de custeio ele pode ser solução”, enfatizou.

Desde o início da construção, o deputado defendia que o investimento fosse direcionado para o São João de Deus. A crise do quarto maior hospital de Minas Gerais teve o ápice em 2012, ano previsto para conclusão da unidade pública. As obras começaram em 2010.

Conclusão

Nesta sexta-feira (03), em entrevista ao PORTAL, o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) disse que deixará o hospital pronto para funcionar e que há um desenho de mecanismo de custeio. A ideia, como já mencionado, seria contar com o aporte dos ministérios da Saúde e Educação para transformar em Hospital Escola. A gestão ficaria com a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).

“Não tenho expectativa de entregar funcionando, mas pronto para funcionar no primeiro trimestre do próximo ano com um desenho de custeio junto com os outros municípios que está ligado ao Samu”, afirmou, acrescentando que o Estado também faz parte deste arranjo.

Estima-se que serão necessários cerca de R$ 100 milhões ao ano para custeio. A unidade está numa área de 55 mil metros quadrados, R$ 99 milhões de investimento na construção da unidade, que será referência para 1,2 milhão de habitantes. A capacidade inicial do hospital será de 120 leitos com possibilidade de expandir para 500.