Vereador sugere audiência com especialistas para debaterem o controle de hospedeiros, como as capivaras
A interdição por tempo indeterminado do Centro de Treinamento do Corpo de Bombeiros, em Divinópolis, reacendeu um alerta para possíveis novas infestações de carrapatos na cidade e consequentemente o risco de transmissão da febre maculosa. No ano passado, locais como o Parque da Ilha, o Campo do Flamengo e o Estádio Waldemar Teixeira de Faria (Farião), tiveram que ser fechados, devido aos casos da doença.
Com o objetivo de evitar que outras interdições aconteçam, o vereador e líder do Governo na Câmara Municipal, Eduardo Print Júnior (SD) sugeriu, nesta terça-feira (03), audiência com profissionais especialistas no assunto, para discutir sobre o controle das capivaras (uma das hospedeiras do carrapato), na cidade.
Ao PORTAL GERAIS, o parlamentar disse que foram recebidas denúncias e até sugestões dos Bombeiros, que colocaram a necessidade de se reunir com a sociedade, o Poder Público e as faculdades, para tomar providências. Eduardo relatou também que não há nenhum tipo de controle de capivaras em Divinópolis e dados relacionados sobre a quantidade destes animais, o número de machos, fêmeas e o índice de reprodução por ano.
“Então eu fiz a sugestão de convocar a UEMG, UFSJ, biólogos, ambientalistas do município, o próprio Corpo de Bombeiros, Meio Ambiente e Vigilância Sanitária, para nos ajudar a tomar uma medida em que vamos, pelo menos, não acabar, mas controlar o número de capivaras na cidade e assim começar a eliminar esse problema que é, em todo o verão, interditar os espaços de lazer, que ficam às margens do rio, porque tem o risco da pessoa ser picada por um carrapato e contrair a febre maculosa”, explicou o vereador.
Controle
No momento, nenhum caso de febre maculosa em Divinópolis foi confirmado, oficialmente, pela prefeitura. Entretanto, a necessidade de obter levantamentos sobre o controle destes animais hospedeiros foi citado por Eduardo como prioridade, dando exemplo sobre o que é feito em Belo Horizonte, para que as ocorrências sejam evitadas.
“Citei BH como exemplo, pois lá foi feito um índice de capivaras e as que são macho, todas fizeram vasectomia. E isso é interessante e tratando das fêmeas, consequentemente o número na orla da Lagoa da Pampulha diminuiu muito” finalizou.