Biomédica comemora: “ganhei mais uma”; TJMG negou provimento aos embargos de declaração apresentado pelo Ministério Público

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou,nesta terça-feira (6/6), provimento aos embargos de declaração apresentado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para revogar a prisão domiciliar da biomédica Lorena Marcondes. O habeas corpus parcial – substituindo a prisão preventiva – foi concedido no dia 23 de maio.

O procurador Guilherme Pereira Vale alegou, ao pedir a revogação, que a biomédica “não tinha qualificação técnica para a realização do procedimento que culminou no óbito”.

Íris Martins, de 46 anos, sofreu parada cardiorrespiratória durante procedimento estético no dia 8 de maio e morreu.

Vale apontou que foram ignorados “todos os requisitos técnicos necessários para a realização do procedimento fatal, obrou a paciente com total desprezo à integridade física e à vida da ofendida, agindo com claro dolo eventual, passível de justa reprimenda”.

Ele citou o voto contrário ao da relatora Paula Cunha e Silva. O procurador disse que voto divergente reconhece “a prática de crime violento praticado pela paciente, não tendo ela capacitação técnico-acadêmica para a realização da fatal lipoaspiração, atuando a paciente em clínica clandestina, sem alvará sanitário e sem equipamentos básicos de segurança, sem qualquer logística adequada para a realização de procedimentos médicos”.

Comemoração

A biomédica que tem se mostrado ativa nas redes sociais desde o dia que deixou o presídio Floramar comemorou a decisão: “E eu ganhei mais uma! Porque além de um advogado bom, Deus não falha”, postou.

Lorena tem compartilhado postagens de apoio a ela e também contra o modelo Eduardo Luiz Santos que a denunciou por ficar com a boca deformada após procedimento estético. O caso segue na justiça.

Lorena também divulgou telefones para agendamentos e informações.