Lula lança Rede Alyne para reduzir mortalidade materna e infantil
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O projeto incluirá a expansão das maternidades, a integração entre maternidade e atenção básica, e a criação de uma equipe especializada em obstetrícia no SUS.

Na última quinta-feira (12/09), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou a Rede Alyne, um programa dedicado à redução da mortalidade materna e infantil no Brasil. O objetivo é diminuir em 25% o número de mortes de gestantes e bebês até 2027. A iniciativa inclui a expansão da rede de maternidades, a integração entre maternidade e atenção básica, e a criação de uma equipe especializada em obstetrícia

Programa Rede Alyne

“É por isso que a gente está fazendo esse programa chamado Rede Alyne, para que as mulheres quando ficarem grávidas sejam tratadas com decência, com respeito, não falte médico para fazer o pré-natal, para fazer o tratamento que é necessário fazer, que não falte a máquina necessária

Lula emocionou durante o discurso

Em um discurso emocionado, Lula lembrou a trágica morte de sua primeira esposa, Maria de Lourdes, e de seu filho em 1971. Lourdes contraiu hepatite e precisou ser internada no oitavo mês de gestação, mas morreu durante uma cesárea de emergência. Lula relatou que teve negligência médica no hospital.

“Precisamos tratar todas as pessoas com respeito”, diz Lula sobre tragédia pessoal

“Quando eu casei, em 1969, nasci meu primeiro filho, eu fui a um domingo procurar minha mulher no hospital e levei uma roupa cor de rosa e uma roupinha azul, porque na época a gente não sabia o sexo. Cheguei no hospital e encontrei minha mulher morta e meu filho morto. Eu, hoje, tenho certeza absoluta de que foi relaxamento, que foi falta de trato, porque as pessoas pobres muitas vezes são tratadas como se fossem pessoas de segunda categoria. E ser pobre e mulher negra é tratado como se fosse de terceira categoria, e nós precisamos tratar todas as pessoas com respeito, carinho, com muito amor, porque não iremos criar uma sociedade civilizada se a gente não tratar das pessoas independente da cor, do berço que nasceu, da religião”, lamentou o presidente.