Petição pede retorno de Andréia Dimas para a pasta até a conclusão da CPI
Um movimento on-line está recolhendo assinaturas em prol de Andréia Dimas, secretária de educação de Divinópolis afastada do cargo. A petição contava com 331 assinaturas até a publicação desta matéria e pede o retorno da servidora de carreira para o cargo com a revogação do decreto que a afastou.
O pedido é para que ela retorne ao cargo até a conclusão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), já que não houve nenhum outro afastamento e nem mesmo solicitação de algum órgão para que fosse feito.
“Desde o início da CPI, a secretária municipal de educação tem sido usada como manobra política. Seu afastamento não foi solicitado pela comissão da Câmara, e sim indicado pelo senhor prefeito. Por que todos os envolvidos não foram afastados? Secretária de governo, secretário de fazenda, secretário de administração, procurador e controlador, assinaram, junto à secretária, todas as aquisições feitas. Ou afasta todo mundo, ou não afasta ninguém”, consta na apresentação da petição mobilizado por parte da categoria da educação.
Embora os secretários mencionados (Thiago Nunes, Gabriel Vivas e Janete Aparecida) estejam relacionados para serem ouvidos pela CPI, o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) decidiu afastar apenas a Andréia. As secretarias deles também são apontadas como atuantes no processo de compras.
“Por supostos equívocos no processo de compra e antes mesmo do final da CPI, a mídia e o jogo de interesses políticos, tem usado a secretária municipal de educação como “bode expiatório”, “boi de piranha”, e palanque para pré-candidatos inescrupulosos”, segue dizendo na apresentação da petição.
Editorial: “Boi de Piranha”
Ela ainda lista os feitos de Andréia a frente da pasta.
“Enfrentou os desafios do ensino remoto e retorno presencial às aulas, pós pandemia; *Igualou o tratamento, oportunidades, diálogo e acesso à projetos, a todas as unidades escolares e comunidade, sem favorecimento de algumas escolas que foram super protegidas ao longo dos anos por diferentes gestões; *Ampliou (mais que o dobro), o número de profissionais de apoio à inclusão, que fazem a mediação do ensino aos deficientes, em sala de aula regular; *Reconheceu as necessidades da Educação Especial, e instituiu a EMIEDE, com duas equipes multidisciplinares de avaliação e orientação (que inclusive ficou entre as três melhores práticas educacionais do estado de Minas Gerais); *Criou o projeto “Vamos Juntos”, de reforço escolar, para os alunos com dificuldade de aprendizagem que sofreram os impactos do ensino remoto durante a pandemia; *Criou uma gerência de Tecnologia da Informação, dando suporte técnico às escolas; *Implementou o diário digital, inovando, e colocando a rede municipal em pé de igualdade com a rede estadual; *Tentou mudar a relação da Semed com os servidores, estreitando o diálogo, saindo da função fiscalizadora e sendo mais próxima das escolas; *Melhorou a prestação de serviços de manutenção e reparos, favorecendo a estrutura física das escolas.”.
Veja a petição:
https://peticaopublica.com.br/?pi=BR124752