Comitiva de investidores, liderada pelo prefeito participou de reunião com o vice-governador; Projeto arrojado está ancorado no gasoduto, duplicação da MG-050 e reforma do aeroporto
Com um desenho arrojado para fomento do desenvolvimento econômico, ancorado na implantação do Gasoduto, duplicação da MG-050 e reforma do aeroporto São Pedro, o prefeito Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste de Minas, Edson Vilela, levou até Belo Horizonte, a uma reunião com o vice-governador Mateus Simões, 15 empresários dispostos a fazerem investimentos no municípios. São investidores que já estão instalados na cidade, em processo de instalação ou com protocolo de intenções assinados. O encontro ocorreu na terça-feira (9/7), na Cidade Administrativa – sede do governo de Minas.
Dentre os empresários estavam os do grupo ABC, hoje com o Centro de Distribuição já em funcionamento em uma das quatro áreas industriais da cidade, e da Cofer Atacadista. Também integraram a comitiva investidores com projetos de criação de Parques Empresariais. Os espaços substituem os Centros Industriais e têm investimento privado. Um deles, por exemplo, terá capacidade para cerca de 40 empresas.
Carmo do Cajuru também já tem assinado o protocolo de intenção para a instalação da Farmoquímica Ecadil – produtora de matéria-prima para a indústria farmacêutica. Só ela deve ser responsável por injetar R$ 250 milhões no município.
Investimentos em Carmo do Cajuru
Ao todo, o município prevê R$ 500 milhões em investimentos ainda este ano, podendo atingir R$ 1 bilhão até o final de 2025. Tudo ancorado na duplicação da MG-050 entre Azurita e Divinópolis e na implantação do Gasoduto, já em andamento.
O foco do município está nos 14 quilômetros de extensão ao longo da rodovia – do Gafanhoto até o aeroporto de São Pedro. São José dos Salgados, distrito de Carmo do Cajuru, vai abrigar o City Gates – uma espécie de Centro de Distribuição de todo o gás que vai abastecer, por exemplo, Divinópolis.
Ao apresentar os empresários, bem como novos investidores, Cajuru busca uma consolidação maior frente ao governo do Estado para pleitear incentivos. A visita em questão teve, dentre os objetivos, pedir, por exemplo, a implantação do serviço de energia elétrica para atender à demanda do setor.
“Economia é um processo. Um programa de fomento trabalha com horizonte de pelo menos 5 anos. Governo não traz indústria para ninguém, você acha investidor e leva no governo”, afirma o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, José Elísio.
Planejamento
Ele atribui o posicionamento econômico de Cajuru ao planejamento.
“Sabedores do que iria acontecer na rodovia, em 2017 fizemos um planejamento e estamos seguindo. O que ele oferece? O que o empresário mais procura: segurança jurídica. Empresário não quer mais terreno, até porque é proibido doar. A cidade é a terceira de Minas a ter delegação da Feam (Fundação Estadual de Meio Ambiente) para fazer o licenciamento na prefeitura”, explica.
Outra medida adotada foi alterar o zoneamento às margens da rodovia para área urbana, assim estabelecendo apenas atividade econômica e proibindo construções de moradias.
“Sabíamos que com a duplicação e o gasoduto teria um boom na região”, enfatiza.
O projeto, que leva o nome de “Vale do Pará”, busca agregar outros municípios.
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Mais Investimentos que contempla Carmo do Cajuru e a região
Outro fator que pode aquecer ainda mais a economia do Centro-Oeste é a expansão do aeroporto privado que há às margens da MG-050, sendo 80% dele em Carmo do Cajuru e 20% em Igaratinga. A família dona do aeroporto São Pedro investirá cerca de R$ 100 milhões em reforma, ampliando a pista para 1.800 metros e oferecendo também movimentação de carga aérea. Para se ter ideia, a do Brigadeiro Cabral, em Divinópolis, tem cerca de 550 metros.
O diretor do aeroporto, Marcelo de Oliveira, participou da reunião. Também estiveram presentes o CEO da Via Appia, Brendon Ramos, bem como o CEO da Via Nascentes – concessionária do sistema MG-050 – Tiago Moreira. Os três são considerados peças-chaves para fomentar esse complexo econômico.
