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Deputado federal Domingos Sávio em entrevista ao PROGRAMA SEM CORTES do PORTAL GERAIS.

O deputado refutou “condenação” antes do direito de defesa e comparou o jeito do prefeito ao de Kaboja

O deputado federal Domingos Sávio (PL) defendeu, nesta segunda-feira (29/5), em entrevista ao PORTAL GERAIS, que haja rigor nas investigações que apuram suposto esquema de propina para aprovação de projetos de zoneamento na Câmara de Divinópolis. O parlamentar também falou em prudência para “não apontar o dedo e condenar”.

“Entendo que as investigações devem ser feitas, mas entendo que é preciso ter essa prudência de não apontar o dedo já acusando, condenando, antes que haja o direito de defesa, antes que haja uma análise mais profunda. De fato, motivo de grave preocupação, e, entendo que as investigações devem ser feitas de maneira rigorosa, para que a gente tenha solução e, caso se confirme o envolvimento de qualquer pessoa, partido, origem que seja, em irregularidades que haja punição”, afirmou durante o programa SEM CORTES.

Para o parlamentar, as investigações devem ocorrer em qualquer indício de suspeitas, porém assegurando o “legítimo direito de defesa”.

“Aquilo que for apurado de ilícito que haja punição. O que não pode é começar pela punição antes de uma investigação cuidadosa, antes do direito de defesa”, pontuou.

Durante a operação Gola Alva, o vereador Rodrigo Kaboja (PSD) foi afastado do cargo e Eduardo Print Jr (PSDB) da presidência da câmara, porém continua exercendo o mandato.

“Não vou manifestar a favor nem contra ninguém, porque acho que seria colocar gasolina na fogueira. É preciso, primeiro, que sejam feitas as investigações com prudência, com responsabilidade, para não se cometer injustiça e a partir daí a gente tirar as conclusões definitivas”, comentou.

Para Domingos Sávio, o afastamento da presidência é “natural”.

“Pelo que vi, ele (Print Jr.) se manifestou muito firme que quer uma apuração rigorosa de tudo”, disse.

Kaboja se manifestou, até o momento, apenas por meio das redes sociais, dizendo que estará à disposição da justiça. Domingos afirmou que conviveu com o parlamentar apenas na época em que foi vereador e prefeito.

“Não tive a oportunidade de conversar com o vereador Kaboja, convivi com ele no período que fui vereador há mais de 30 anos, convivi quando fui prefeito e nunca tive nenhum tipo de problema com ele”, ressaltou.

Ele ainda comparou o jeito “exaltado de Kaboja” com o prefeito Gleidson Azevedo (Novo).

“Todos nós que conhecemos o Kaboja sabemos que as vezes ele é um pouco exaltado na maneira de falar, mas não tenho absolutamente nada que deponha contra a pessoa dele. Portanto, é preciso nessas horas ter prudência porque não podemos julgar as pessoas pela maneira de falar, pelo jeito de ser, por que cada um tem o seu. O prefeito mesmo tem o seu jeito de falar. Eventualmente, em alguns momentos, fala alguma coisa que depois pede desculpas, diz que não é bem daquela maneira, então é preciso ter prudência”.

Ela ainda defendeu “seriedade” com as questões envolvendo a Lei de Uso e Ocupação do Solo.

“Isso envolve conflitos de interesse, mas envolve, acima de tudo, interesse público. Se você não tiver regra clara, você prejudica o conjunto da sociedade. Eu quando fui prefeito, fui muito prudente em relação a isso”.

Assista a entrevista completa: