Operação Tabernus: Combate à corrupção e tráfico em unidades prisionais em MG e RJ
Até o momento, 25 pessoas foram presas, incluindo agentes públicos. O esquema ilegal facilitava a entrada de drogas e outros objetos nas prisões. Foto: MPMG

Até o momento, 25 pessoas foram presas, incluindo agentes públicos. O esquema ilegal facilitava a entrada de drogas e outros objetos nas prisões.

Nesta manhã desta terça-feira (11/06), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) iniciou a Operação Tabernus, visando desmantelar grupos criminosos envolvidos em corrupção e tráfico de drogas dentro de unidades prisionais. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Juiz de Fora liderou a ação em colaboração com as Polícias Penal, Civil, Militar e Rodoviária Federal.

Operação e diligências

A operação envolve a execução de 27 mandados de prisão, 36 de busca e apreensão, além de mandados de sequestro de veículos e indisponibilidade financeira no valor de R$ 13.362.960,80. As diligências ocorrem em oito cidades de Minas Gerais (Juiz de Fora, Cataguases e Goianá) e do Rio de Janeiro (capital, São Gonçalo, Angra dos Reis, Mangaratiba e Três Rios).

Presos

Até o momento, 25 pessoas foram detidas, incluindo 14 agentes públicos, sendo dez policiais penais, três funcionários da Sejusp e um sargento do Exército. Além disso, seis agentes públicos sob investigação foram temporariamente afastados de seus cargos.

Investigações

As atividades criminosas sob investigação abrangem corrupção ativa e passiva, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro dentro das prisões, envolvendo agentes de segurança pública, funcionários administrativos, traficantes, detentos e indivíduos com ligações sociais e familiares com esses grupos. O esquema possibilita a entrada ilegal de drogas, equipamentos de comunicação e objetos ilícitos nas prisões, onde são comercializados a preços muito acima dos praticados fora do ambiente carcerário.

Mais de 300 policiais na operação

A operação, que mobiliza cerca de 300 policiais das forças de segurança pública, conta com o apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), Gaeco-RJ, Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MPRJ, Gaecos de Juiz de Fora e Visconde do Rio Branco, além de promotores de Justiça.

O termo “Tabernus”, em latim, que significa bota, é uma referência à alcunha dos policiais penais no meio prisional.