“Quer ser aprendiz da maldade, tem que arcar com as consequências”, afirmou; Eduardo rebateu a entrevista concedida por Rinaldo Valério
O vereador de Divinópolis, Eduardo Print Jr. (SD) rebateu as declarações feitas, nesta terça (17), pelo vice-prefeito, Rinaldo Valério (PV) e acusou um assessor de armar a “confusão”. Em entrevista ao PORTAL GERAIS, Rinaldo acusou Print Jr. de armar contra ele para tirá-lo do processo eleitoral do próximo ano.
As afirmações do vice-prefeito ocorreram pouco mais de uma semana após ele ser acusado de traição pelo vereador e também líder do Executivo.
Na reunião ordinária, o Líder classificou como “vergonha” a entrevista concedida por Rinaldo, segundo ele, para “tentar justificar o injustificável”. Afirmou ainda que o vice está com a “mente muito fértil”.
Rinaldo também concedeu entrevista, hoje (17), à rádio sucesso.
Tem assessor envolvido
O nome de um dos assessores que aparecem no vídeo do momento da visita de Rinaldo à casa do Líder foi preservado por ele até hoje. Em pronunciamento, Print revelou que Felipe Fernandes – assessor do autor do pedido de impeachment, Sargento Elton (Patriota) – não só acompanhou o vice, como ligou para ele duas vezes na noite anterior a votação do impeachment.
“Jamais fiz parte ou articulei algo contra alguém. Não participei desta confusão, pelo visto, armada pelo Filipe, assessor desta Casa”, declarou, colocando o telefone dele à disposição para quebra de sigilo.
“Desafio ele [Rinaldo] a colocar o dele também para saber para quem ele ligou”, desafiou, citando que outro vereador também foi visitado na mesma noite.
“Mas esqueceram que os prédios na região central também têm câmara”.
Votar de acordo com a consciência
O vereador disse que não ligou para nenhum edil como líder e deixou que cada um votasse de acordo com a “consciência”.
“A armação que fizeram, foi feita por este cidadão, que me ligou duas vezes […] Quer ser aprendiz da maldade, tem que arcar com as consequências”, voltou a acusar Filipe.
Não pediu voto
O Líder confirmou que o vice não o pediu para votar a favor do impeachment. Afirmou que o impediu de fazer o impedido, segundo ele, para “evitar que ele passasse vergonha”.
“Eu simplesmente te protegi”, mandou recado para Rinaldo.
Dizendo não ser pré-candidato a vice ou prefeito, disparou: “Muito obrigado por assumir para mim e para todos que tenho condições de atingir um cargo tão alto”.
Enfatizou não ser “crime almejar disputar cargos maiores” e citou a pré-candidatura do Sargento Elton a prefeito como exemplo.
Mandou recado
Apesar de não ter repetido a declaração de que o vice não aparece há seis meses na prefeitura para trabalhar, mandou uma indireta.
“Eu não estava aqui atoa e nem sentado recebendo sem trabalhar”.
Quem provocou?
O vereador finalizou o pronunciamento colocando o vice contra a parede.
“Porque você foi acompanhado dos assessores do Sargento?”, indagou e questionou:
“Quem te obrigou a ir lá? Quem te ligou, te provocou?”.
O assessor disse que está em Sete Lagoas e não assistiu ao pronunciamento. Ele deverá se manifestar após assistir.