Prefeito de Divinópolis voltou a chamar o presidente de “ladrão” e disse que campanha do petista foi “fazendo arma”
O PT protocolou, na tarde desta quarta-feira (22/3), notícia crime no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), contra o prefeito de Divinópolis Gleidson Azevedo (PSC) – irmão do Senador Cleitinho (Republicanos) – após ele atribuir crescimento de homicídios na cidade ao presidente Lula. O partido pede que seja instaurado inquérito policial.
A informação que medidas judiciais seriam tomadas foi divulgada pela petista e ex-candidata a deputada federal Gleide Andrade, nesta quarta-feira (22/3). Ela ainda criticou Azevedo pela falta de respostas para os problemas de segurança pública enfrentados em Divinópolis.
“Melhor defesa é o ataque”, afirmou ela sobre acusações a Lula.
Ao ser questionado sobre o assunto e medidas para ampliar a segurança, no Gatilho PodCast, Gleidson disse: “faz o L”.
“A partir do momento que você elege – igual eu falei, a eleição passou, segue o jogo, eu preciso do governo federal para administrar a cidade, mas elegeu um ladrão. Que moralidade você tem hoje para poder – a campanha do Lula foi dentro, dos caras fazendo arma… Para quem tá no crime, eu vou fazer, não tem punição. Um cara que tava preso foi solto e hoje ele é presidente do Brasil”, afirmou.
Na sequência, atribuiu a responsabilidade da segurança pública ao Estado e disse que o município é apenas parceiro.
- Governo de Minas encerra 2024 com mais de 7 mil transferências digitais de veículos realizadas em um mês
- Condutor dorme ao volante e causa acidente na MG 431 em Itaúna
- Com quase R$ 1 milhão destinado pela deputada Lohanna, UEMG anuncia construção do Restaurante Universitário
- Tribunal de Contas condena Prefeitura de Divinópolis por contratações ilegais e multa prefeito Gleidson Azevedo
- IPVA 2025 em Minas Gerais: Confira o calendário e descontos disponíveis
Notícia crime
De acordo com o documento, “de maneira indevida e descabida”, o prefeito “afirma que as altas taxas de criminalidade da cidade de Divinópolis possuiriam relação direta com a vitória” de Lula.
Cita ainda que, além de transferir a culpa, ele “aproveita a oportunidade para atribuir a pecha de “ladrão” ao Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, bem como afirma que os integrantes da campanha do candidato do Partido dos Trabalhadores estariam portando armas”.
O partido ainda alega que a expressão usada pelo prefeito “Faz o L” vem sendo utilizada por apoiadores do ex-presidente Bolsonaro como “uma irônica tentativa de associar o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores a feitos que seriam prejudiciais à sociedade brasileira, vide homicídios, piora na economia, consumo de drogas, dentre outros.”
“O Noticiado tenta incutir na mente dos ouvintes/espectadores do podcast que as altas taxas de criminalidade se dariam em razão da vitória do candidato do Partido dos Trabalhados na disputa
presidencial. Ao passo que leva a crer que os criminosos sentiriam uma sensação de impunidade, de alguma maneira se relacionado a situação pela qual passou o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou preso indevidamente durante 580 dias e depois foi solto”, consta na notícia crime.
O partido alega que as declarações de Gleidson fere a honra do presidente, além de cometer crime de injúria, ofendendo a dignidade e o decoro.
Diz ainda que não se trata de ato individual e sim de “uma campanha muito bem coordenada de propagação de notícias falsas “Fake News”, iniciada no ano de 2018 e que tem por objetivo incutir na mente dos brasileiros que Lulaa, e por consequência o PT, seriam a representação e a causa de todos os problemas que a sociedade brasileira enfrenta.”
O PT também acusa Gleidson de negligência devido a cidade não ter uma guarda municipal.
Nota na íntegra do prefeito Gleidson Azevedo.
“Após a campanha eleitoral para as eleições presidenciais ocorridas no ano passado, tornou-se comum e até mesmo um “meme”, eleitores fazerem gestos de “arminhas” em alusão ao Bolsonaro e também do “faz o L” em referência à Lula.”, até mesmo figurinhas de WhatsApp foram criadas. Tais memes são utilizados, na maioria das vezes, de forma irônica ou em situações completamente desconexas com a figura de Bolsonaro e Lula. No entanto, sem qualquer intenção de injuriar, caluniar ou difamar nem mesmo criticar ou atribuir responsabilidade a quem quer que seja.”