O valor representa 71,76% de todo o montante direcionado com combustíveis durante o mandato ainda como deputado
De agosto de 2019 até janeiro de 2023, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) gastou R$ 107.124,86 com combustíveis, ou seja, 71,76% com uma única rede, a Zap Auto Posto, de Divinópolis. Ela tinha entre os sócios Nicácio Diegues Júnior, investigado na operação Gola Alva do Ministério Público.
Nicácio deixou o quadro de sócio-proprietário há cerca de dois anos. Agora, aparece como sócio-administrador Alexandre Gonçalves Fonseca.
O valor gasto com combustíveis é referente, então, ao período do mandato ainda como deputado estadual. Os dados são do Portal da Transparência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Só para o Zap Auto Posto, ele direcionou, ao todo, R$ 76.850,74.
O que diz o deputado:
A assessoria do senador informou ao PORTAL GERAIS que ele abastecia no posto mesmo antes de ser deputado por ser perto da casa dele. Disse ainda que não sabia que ele pertencia a Nicácio.
“Inclusive só veio a conhecer (Nicácio) recentemente em um evento da Casa Prata”, informa a nota.
No posto, disse que era sempre atendido por Marden e que não sabe se ele é sócio ou gerente.
2019:
2020:
2021:
2022:
2023:
Investigação
Nicácio é um dos empresários investigados no esquema de pagamento de propina para aprovação de alteração de zoneamento a vereadores de Divinópolis. Todavia, a denúncia que resultou na operação partiu do prefeito Gleidson Azevedo – que é irmão do senador Cleitinho. Ele gravou a conversa com parlamentares e empresários, entretanto, sem que eles soubesse.
Os parlamentares alvos da operação:
- Rodrigo Kaboja (PSD) – afastado do cargo
- Eduardo Print Jr (PSDB) – afastado da presidência da câmara.
O nome dele também aparece nos áudios vazados do prefeito no último final de semana. Eles mostram uma suposta negociata com o empresário envolvendo zoneamento, alvará para obras, assim como o projeto Adote um Bem Público.
Contudo, o prefeito nega. Diz que os áudios estão editados e fora do contexto. Ele protocolou documento no Ministério Público, após o vazamento das gravações – colocando o sigilo telefônico, assim como, o bancário à disposição. Além disso, falando em investigação.
Os áudios, conforme apurado pelo PORTAL GERAIS, integram as investigações que tramitam em segredo de justiça.
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