Ele teria matado a namorada após ela mentir sobre aborto; Dívida de drogas no valor de R$250 seria outro motivo
O suspeito de matar a namorada grávida e jogar o corpo em um forno de cal será indiciado por pelo menos quatro crimes. O feminicídio ocorreu no dia 27 de julho, em Córrego Fundo (MG). Contudo, a Polícia Civil apresentou o inquérito, nesta sexta-feira (1/9). A polícia aponta como principal motivação o fato da vítima ter dito ao companheiro que tinha feito um aborto, no entanto, era mentira.
O jovem, de 26 anos, será indiciado por feminicídio, motivo torpe, corrupção de menor e ocultação de cadáver. Entretanto, mesmo com o inquérito apresentado, o caso segue com investigações complementares.
De acordo com a polícia, entre as motivações do crime está o fato de a vítima ter mentido para o suspeito dizendo que havia feito um aborto. Além disso, devido a uma dívida de drogas de R$250.
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O crime
Para atrair a vítima, uma adolescente, de 17 anos, com quem o suspeito também se relacionava ligou para a vítima marcando um encontro sexual. No entanto, ao chegar no local, a menor desferiu diversas pauladas e facadas na vítima, sendo agredida pelo namorado logo em seguida.
De acordo com a polícia, a vítima estava agonizada e a menor a enforcava com uma mão e a segurava com a outra. Enquanto isso, o suspeito gravava e insultava a mulher com palavras pejorativas.
Contudo, apesar de ter sido morta na mata, após a madrugada, o casal arrastou o corpo da vítima para a fornada de cal.
“Somente após a madrugada os dois voltaram ao local do crime e arrastaram a vítima pela mata até próximo ao alcapão que é a abertura do forno de cal. Chegando lá, havia um funcionário do forno. A menor, no intuito de tira-lo de cena, lhe pediu um copo d’água e, neste momento, ele sai com a menor para dar a água. Neste períoro, o autor pega a vítima e desova”, relata a delegada Luciana Souza.
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Relação conturbada
Segundo a delegada, a vítima, de 29 anos, e o suspeito mantinham uma relação conturbada.
“Eles chegaram a morar juntos na casa da mãe da vítima. Depois passaram outro período morando juntos na casa do pai da vítima. Mas essa relação de anos se tornou inconstante, tumultuada, em razão de dívidas de drogas por parte da vítima e também a questão da gravidez e do abortamento”, disse.
O suspeito está preso desde o dia 27 de julho, quando ocorreu o crime. Ademais, a adolescente está desde a mesma data em um Centro Socioeducativo.