Amanda Quintiliano

 

O encontro foi na sede da AMVI (Foto: Amanda Quintiliano)

O encontro foi na sede da AMVI (Foto: Amanda Quintiliano)

Demandas e promessas antigas voltaram a figurar nos pronunciamentos do governador, Alberto Pinto Coelho. Em reunião com prefeitos da região, na manhã desta segunda-feira (15), em Divinópolis, a liberação de R$ 8 milhões para o Hospital Público Regional foi autorizada. O recurso não é novo. Ele faz parte do convênio de R$ 43 milhões assinado em meados do ano passado.

 

Como mostrado com exclusividade pelo PORTAL, os repasses para a construtora Marco XX são feitos em migalhas. A cada três meses ela recebe cerca de R$ 3 milhões. O pagamento lento reflete no atraso da obra prevista para ser concluída em 2010. Mesmo com o histórico de lentidão, o governador reafirmou uma nova previsão: julho de 2015.

 

Além desses R$ 8 milhões que ainda estão apenas no papel, faltam cerca de R$ 20 milhões para a conclusão da obra. O último repasse, segundo secretário municipal de Saúde, David Maia, foi há três semanas, no valor de R$ 4 milhões. Também serão necessários mais R$ 40 milhões para equipar a unidade. Deste total, R$ 26 milhões já estão assegurados por meio de emendas parlamentares.

 

“O hospital aqui já está com 80% das suas obras concluídas, estamos trazendo mais uma etapa de R$ 8 milhões de recursos. A parte do Estado remonta a R$ 79 milhões, dos quais, além desses R$ 8 milhões vamos aportar mais R$ 15 milhões e os outros R$ 20 milhões são a contrapartida do município. Esperamos ter concluído em meados do próximo ano”, comentou.

 

O governador disse que a União está ausente de Minas Gerais (Foto: Omar Freira/Imprensa MG)

O governador disse que a União está ausente de Minas Gerais (Foto: Omar Freira/Imprensa MG)

 

Questionado sobre o atraso e os repasses minguados, o governo inverteu o discurso e transferiu a culpa a União.

 

“Isso é uma incorreção. O Estado está presente na parceira, está aportando mais recurso. A ausência se dá é da União, a omissão se dá é da União que não aportou nenhum real para o Hospital Regional. E, naturalmente, a questão da saúde é tripartite, por definição da nossa carta magna e tem que ter a solidariedade dos entes federados. E, infelizmente, o que vemos aqui no nosso Estado é a ausência da União”, salientou.

 

Unidade

 

O hospital terá capacidade para até 500 leitos, mas serão liberados, a partir do início do funcionamento, 210. Deste total, 30 serão para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) adulto e 15 para o neonatal. Será atendida uma população estimada de 1,3 milhão habitantes de 55 municípios da região, contando Divinópolis.