Em nota, o São João de Deus afirma ter decido para não envolver nomes de diretores em “escândalos” e e em “questões políticas”
O contrato entre o Complexo de Saúde São João de Deus e a Associação dos Diabéticos de Contagem foi rompido. A informação foi repassada aos vereadores por meio de nota na quinta-feira (26/8).
No documento também enviado em cópia a imprensa, o hospital alega que não quer o nome de diretores envolvidos em “escândalos, muito menos em questões políticas”.
“Ademais, em face da enxurrada de notícias acerca das Vans, chegando-se até mesmo a
ser questionada a idoneidade dos Diretores do CSSJD, alegando-se indícios de fraude, o CSSJD,
que não pretende ter seu nome envolvido em escândalos, muito menos em questões políticas,
promoveu a rescisão contratual da parceria anteriormente celebrada com a Associação”, informou.
Uma notificação extrajudicial foi enviada à associação, cujo AR –aviso de recebimento ainda não
retornou.
“Destaca-se que, a propriedade das vans jamais foi transferida ou retirada da Fundação Geraldo Correa e isso somente poderia ser feito após a devida autorização do órgão velador
das Fundações do Ministério Público”, informou.
O CSSJD ainda garante que nenhum prejuízo houve para a Fundação Geraldo Corrêa com
essa parceria.
“Muito pelo contrário, uma vez que os recursos provenientes da emenda parlamentar foram transferidos ao CSSJD, e estão sendo aplicados nas despesas legais a que se vinculam”, disse.
O caso ganhou repercussão após ser revelada três vans odontológicas estacionadas em um lote de posse do deputado federal Léo Motta (PSL) em Contagem. O parlamentar, que destinou R$4,1 milhões em emendas ao hospital, também tem ligação com a associação, a qual ele admite ter indicado para o projeto social.
O contrato entre o São João de Deus e entidade previa a doação dos veículos ao término de 600 atendimentos mês ao longo de um ano ou transcorrido o contato.
O Ministério Público instaurou procedimento para investigar o caso.