Parlamentares assinaram o projeto que deverá ser votado em setembro
A Câmara de Divinópolis, por meio do Projeto de Resolução Nº CM-002 de 21 de agosto de 2020, propõe o cancelamento do título de Cidadão Honorário, concedido em 2018, ao advogado Robervan Faria. O pré-candidato a vereador pelos PSB é suspeito de se apropriar indevidamente de pouco mais de R$125 mil, referente a uma ação ganha em favor de uma ex-cliente.
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O título de Cidadão Honorário é uma honraria que valoriza os cidadãos nascidos em outras cidades, que passam a residir no município e são acolhidos por suas histórias de vida honradas e ilibadas. Robervan Faria, recebeu a concessão através do atual deputado estadual, na época vereador, Cleitinho Azevedo (Cidadania).
O projeto apresentado pela Câmara Municipal, considerou os documentos apresentados pelo município, que agora estão sendo analisados em um inquérito criminal, enviado pelo Ministério Público para a Polícia Civil.
A resolução, se aprovada pelos vereadores, cancela o título de Robervan e retira o nome dele do arquivo oficial da Secretaria Legislativa e da Galeria de Homenageados no site da Câmara Municipal de Divinópolis.
O projeto recebeu a assinatura dos vereadores Adair Otaviano e Ademir Silva, ambos do MDB, Carlos Eduardo (Republicanos), César Tarzan e Renato Ferreira (PSDB) e Edsom Sousa (Cidadania).
Os vereadores Carlos Eduardo, Ademir Silva e César Tarzan, foram procurados pelo PORTAL GERAIS para um possível posicionamento, mas preferiram não se manifestar mesmo tendo assinado o projeto.
Renato Ferreira que foi um dos responsáveis pela iniciativa disse que a decisão foi baseada nos documentos encaminhados ao Ministério Público e comprovante de depósito mostrando o recebimento por parte do advogado. O tucano ainda cutucou Faria, devido as críticas rotineiras contra o governo e a atual legislatura.
“Honestidade precisa ser 24 horas por dia. Todos nós devemos ser honestos, mas ele também já que cobra de todo mundo. Acho justo dar a César o que é de César”, argumentou.
Segundo Ferreira, caso o advogado queira contestar o projeto, ele poderá procurar a câmara para apresentar sua defesa. Disse ainda que ele e os demais vereadores devem ser reunir para discutir o assunto e ver a possibilidade também, se for o caso, de formar uma comissão especial já que é a primeira vez na história da câmara que uma honraria pode ser cancelada.
Para suspender a honraria a matéria precisa ser aprovado por maioria do plenário. Ela será lida no expediente desta quarta-feira (26) e deverá ser votada no início de setembro.