Fachada da upa de divinópolis
UPA de Divinópolis (Foto: Divulgação/Prefeitura de Divinópolis)

Um dos aprovados cobra fiscalização e medidas; Relatos de “fraude” começaram a surgir em agosto do ano passado

Denúncia protocolada na Câmara de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, no dia 7 de março, revela que aprovados no processo seletivo para trabalhar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) continuam aguardando para ocupação das vagas. Em alguns casos, conforme o denunciante, houve contratação para os cargos, porém, sem que o profissional tenha sequer participado do certame.

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“Acontece que eu nunca recebi nenhum tipo de contato por parte de nenhum responsável do IBRAPP, para o meu ingresso ao trabalho. Tendo sido prejudicado até o momento pela ocupação do meu cargo amplamente de direito por outra pessoa que sequer tenha feito a inscrição para essa função e participado de todo o Processo Seletivo Simplificado.”, aponta a denúncia.

O Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp) realizou o processo seletivo no ano passado. Contudo, desde então, há várias reclamações.

A prefeitura de Divinópolis chegou a nomear uma Comissão de Sindicância. Na época, disse que era para apurar denúncias de fraudes nas contratações e demissões de funcionários para a UPA 24h.

“Motivo pelo qual, gostaria de reforçar através da minha manifestação o pedido de reforço de providências cabíveis de forma urgente para a situação”, afirma.

Denúncias do processo seletivo da UPA

As primeiras denúncias surgiram em agosto do ano passado por duas funcionárias demitidas pelo IBRAPP. Já na Câmara Municipal, o vereador Rodyson do Zé Milton (PV) denunciou o descumprimento do processo seletivo para efetuar as contratações.

O vereador citou o caso de um homem aprovado em 1º lugar no Processo Seletivo para uma das duas vagas de técnico de segurança no trabalho. Porém o Ibrapp nunca o chamou.

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Em outubro seguinte, conforme o relatório da comissão, houve a constatação de várias irregularidades. Dentre elas, por exemplo, de contratações sem seguir o processo seletivo, assim como demissões sem justificativas.

“Na minha opinião, não fidelizar funcionários, principalmente os assistenciais, é o mesmo que não ter um trabalho eficiente para poder entender a rotina de trabalho existente, além de possivelmente não prestar um bom atendimento para os pacientes e familiares”, argumenta o denunciante.

Ele pede a devida fiscalização por parte dos vereadores já que, embora de conhecimento público, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) não adotou nenhuma medida eficaz.

Em nota, o Ibrapp informou que não se manifestará até notificação oficial.