O prefeito de Divinópolis se recusou a participar presencialmente da oitiva e escapou de contra-argumentações de advogados e vereadores
Em meio às investigações da operação Gola Alva, a Comissão Processante divulgou depoimento por escrito do prefeito de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gleidson Azevedo (Novo). Azevedo se recusou a participar da oitiva pessoalmente. Respondeu por escrito impossibilitando contra-argumentação.
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A comissão encarregada de analisar o pedido de cassação contra os vereadores Eduardo Print Júnior (PSDB) e Rodrigo Kaboja (PSD) ignorou as orientações jurídicas e permitiu que o prefeito enviasse o depoimento por escrito. Assim, povocando críticas e questionamentos por parte dos envolvidos.
Apenas os vereadores Zé Braz (PV) e Ney Burguer (PSB) enviaram perguntas. Contudo, a comissão disponibilizou somente as respostas.
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No depoimento, Gleidson Azevedo alega ter ouvido de empresários relatos sobre a prática de pagamento de propina para aprovação de projetos de zoneamento.
“Alguns empresários comentaram comigo que conseguiam alterar zoneamento sem precisar da Comissão de Uso e Ocupação de solo dar parecer favorável, mas que para isso tinham que pagar propina e mencionavam principalmente o nome do Kaboja e do Print Júnior.”, afirmou.
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Depoimento Gleidson Azevedo
O prefeito também disse que ouviu dizer que era uma prática antiga na câmara
“Depois, ouvi dizer que essa prática já era antiga por parte de alguns vereadores.”
Gleidson também se defendeu dizendo que nunca indicou empresários a procurarem vereadores e que nenhum ofereu propina a ele.
“Nenhum empresário nunca me ofereceu propina, nem mesmo nenhum tipo de benefício ou ajuda em troca de envio de qualquer projeto de lei para a Câmara ou qualquer outro benefício dentro da Prefeitura.”
Além disso, negou ter instruído empresários a procurarem os vereadores para tratar de questões relacionadas a alterações de zoneamento.
“Nunca orientei nenhum empresário a procurar vereador para fazer projeto de alteração de zoneamento. Os próprios empresários que me informaram que em troca de propina alguns vereadores aceitam apresentar o projeto”.