Mais de um mês desde a morte da pequena Thallya Beatriz, a família vive momentos de angústia e tristeza à espera de respostas
Mais de um mês após a morte de Thallya Beatriz, de 4 anos, a família ainda busca por respostas. Desolado, Paulo Satiro – pai da menina – afirmou que a “morte da filha é como se tivesse morrido um cachorro”. A angústia se mistura à tristeza de quem busca uma explicação para a morte precoce.
Thallya morreu no dia 26 de abril, dois dias após procurar atendimento pela primeira vez na UPA. A versão dos pais contradiz o Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp), assim como a nota emitida pela prefeitura.
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No atestado de óbito, foi informado que a menina sofreu uma convulsão, levando-a à morte. Contudo, a mãe nega que a filha tenha apresentado qualquer quadro convulsivo.
Mais de um mês após o ocorrido, a família quer respostas mais ágeis.
“Estou achando muito lento, estamos sofrendo muito com isso. Aí pedem prorrogação da sindicância e eles estão só ganhando tempo. A gente não vale nada. A morte da minha filha é como se tivesse morrido um cachorro para eles”, desabafou.
Ao falar “eles”, Satiro se refere ao prefeito Gleidson Azevedo (Novo), à vice-prefeita Janete Aparecida (Avante) e também aos profissionais do Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp) – responsável pela gestão da UPA.
Ele clama por justiça.
“Já estou ficando louco, clamo por justiça pela minha filha, mas como que faz? Todo domingo vou ao cemitério. Queremos esclarecer de que ela morreu. Se tiver culpado, a gente quer achar o culpado”, afirmou.
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Sindicância prorrogada
Prevista para ser concluída no início deste mês, a Prefeitura de Divinópolis anunciou, então, a prorrogação por mais 15 dias da sindicância administrativa que apura a morte na UPA e possíveis erros médicos no atendimento.
A decisão de prorrogar a investigação ocorreu, conforme a prefeitura, devido à necessidade de compatibilizar os trabalhos da comissão com as agendas de atendimento dos médicos envolvidos.
O relatório deverá ser concluído até o dia 17 deste mês.
A família também pediu na justiça a exumação do corpo e aguarda decisão judicial.