upa
Foto: Prefeitura de Divinópolis

Sem solução para superlotação, adultos e crianças aguardam por vagas; Ponto crítico ocorreu em março quando três pessoas morreram

Cinquenta e duas pessoas aguardam, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Divinópolis, por um leito hospitalar. A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) atualizou os dados, neste domingo (19/5), afirmando que a unidade “pede socorro”.

Em nota, a pasta informou que a UPA está em “alerta máximo”. Do total de pacientes, 37 aguardam vagas em enfermaria, todos adultos. Outros nove em Centro de Terapia Intensiva (CTI). Há também, conforme o balanço, seis crianças a espera de eleitos clínicos.

“O município segue cobrando a regulação do Estado pela resolução desse problema, porém até o momento sem sucesso.”, afirma a nota.

Transferência da UPA para leitos no CSSJD

Os leitos municipais infantis do Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD) – comprados pelo município – seguem com ocupação máxima (100%).

O município também está tentando realizar a compra de vagas para adultos, porém até o momento nenhum hospital respondeu de forma positiva para tal aquisição.

Leia também:

Mudança de gestão

Desde o início deste ano, alertas constantes de superlotação ocorrem por parte da própria administração da UPA – ainda sob responsabilidade do Instituto Brasileiro de Políticos Públicas (Ibrapp) – ou pela prefeitura.

Em nota mais recente, o Ibrapp revelou que desde dezembro do ano passado tem alertado a prefeitura de Divinópolis sobre a alta demanda. Contudo, as medidas paliativas vieram apenas após os problemas “afetarem a imagem do Executivo”.

O ponto crítico aconteceu em março, quando, então, três pessoas morreram na unidade, dentre elas, uma criança de quatro anos. Na época, a ocupação pediátrica atingiu 300%. O governo, então, decidiu comprar leitos e pressionou a Secretaria de Estado de Saúde (SES) na transferência de pacientes da pediatria.

Com a crise instalada, a Semusa divulgou o rompimento do contrato com o Ibrapp e, após autorização dos prefeitos, a contratação do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg Oeste) – hoje também responsável pela gestão do Samu.